O júri do concurso para o Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2016, composto por Bernardo Martín, Emilio Nissivocia e Patricia Bentancur, selecionou recentemente como proposta vencedora o projeto REBOOT . "A proposta incorpora o desafio que significa ampliar os limites do pensamento", explicaram os jurados sobre sua decisão.
A proposta que representará o Uruguai na Bienal de Veneza é liderada por Marcelo Danza, curador responsável juntamente com Antar Kuri, Borja Fermoselle Allué, José de los Santos, Diego Cataldo, Facundo Romero, Mateo Vidal e Marcelo Staricco. Miguel Fascioli assumirá o posto de comissário do projeto.
Memorial oficial [extrato]: Poderíamos rastrear a origem e o sentido da arquitetura no instinto de sobrevivência e na intuição de modificar o entorno. Habitar e transformar os objetos e os espaços continua - ainda hoje - sendo a fonte de vitalidade do mundo material e simbólico. Nada mais primitivo e atual que isto.
Quiçá também poderíamos rastrear a evolução da arquitetura como disciplina na necessidade e busca humana de superação (e consumo); logo, seus protocolos, códigos, legitimidades acadêmicas, políticas e econômicas...
A exuberante construção cultural que hoje em dia reveste a arquitetura acrescenta camadas ao seu sentido. O refinamento artístico que ela adquiriu a distanciou de seu sentido original.
Os mais frágeis e vulneráveis, aqueles que não têm mais ferramentas para a construção de seu espaço vital, são um reservatório de sentido para a arquitetura. Ser habitada é que faz da arquitetura alguma coisa.