O escritório Níall McLaughlin Architects, com sede no Reino Unido e na Irlanda, foi selecionado para representar a Irlanda na Bienal de Veneza de 2016. O escritório, que fez parte de uma lista exclusiva para o prêmio RIBA Stirling Prize deste ano, trabalhará em conjunto com Yeoryia Manolopoulo, um arquiteto acadêmico de Londres. A proposta "contempla seus interesses em trabalhar como arquitetos para entender e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem de Alzheimer, [analisando] a experiência espacial de pessoas com Alzheimer tendo em vista que a experiência destes possivelmente não se assemelha a nenhuma outra representação arquitetônica convencional".
De acordo com a Cultura Irlandesa, "a instalação irá registrar e representar a experiência humana nestas condições, mostrando-a como um espaço com suas próprias características. Esse conceito principal será associado a um dado contextual e também a campanhas em mídias sociais para expandir o impacto da exposição além da Bienal." Para Christine Sisk, diretor da Cultura Irlandesa, "a Bienal de Arquitetura de Veneza é o melhor mostruário do mundo para se apresentar talentos arquitetônicos contemporâneos. A escolha de Niall McLaughlin Architects para representar a Irlanda em 2016 servirá para estabelecer o sucesso irlandês nos últimos anos e também para realçar a engenhosidade e responsividade de arquitetos irlandeses em relação a desafios complexos.
De acordo com o Architects' Journal, McLaughlin disse que "a doença do Alzheimer é uma condição que progressivamente destrói a habilidade de se lembrar e navegar em seu próprio caminho no mundo". Ele acredita que "para alguém estar tranquilo, precisa ser capaz de se situar: saber quando e onde está. Isso é o que é destruído pela doença. Localizar-se é a tarefa da arquitetura. A perda da habilidade de se situar representa um profundo desafio para a nossa disciplina." Níall McLaughlin Architects já havia, previamente, trabalhado com a Sociedade de Alzheimer da Irlanda.