Nos últimos anos, muita atenção tem sido dada ao debate de gênero na arquitetura e muitos se perguntam por que, em pleno século XXI, nossa profissão se mostra ainda tão desafiadora para as mulheres. De muitas maneiras, o foco lançado sobre o tema "mulheres na arquitetura" parece bem sucedido: em 2014, Julia Morgan se tornou a primeira mulher a ser premiada com a AIA Gold Medal e embora Denise Scott-Brown possa (ainda) não ter sido retroativamente premiada com o Prêmio Pritzker, a decisão do AIA de abrir sua premiação para mais de uma pessoa por vez finalmente permitiu que Scott-Brown se juntasse a Morgan na (pequeníssima) lista de mulheres premiadas. No Reino Unido, Zaha Hadid foi condecorada com a RIBA Gold Medal este ano, fazendo dela a primeira mulher na história a receber o prêmio sem dividi-lo com um sócio homem. No entanto, apesar destes aparentes avanços por igualdade na arquitetura, ainda vemos notícias como a recente pesquisa elaborada pelo AR, que mostra que as desigualdades entre gêneros estão, de fato, aumentando.
Hoje, no Dia Internacional da Mulher, queremos abrir a discussão entre nossos leitores para saber o que pode ser feito. O que os escritórios, as instituições e a mídia podem fazer para diminuir a desigualdade entre os gêneros em nossa profissão? Deixe suas opiniões na seção de comentários a seguir; as melhores respostas farão parte de um próximo artigo relacionado.