Após o anúncio de que uma piscina - um dos maiores símbolos culturais da Austrália - fará parte da exposição australiana na Bienal de Veneza de 2016, mais informações foram reveladas sobre o que será apresentado.
De acordo com os organizadores, "oito líderes culturais importantes de diversas áreas foram selecionados para compartilhar suas próprias histórias, fazendo uso do elemento piscina como plataforma para explorar a relação entre a arquitetura e a identidade cultural australiana". São eles: os nadadores olímpicos Ian Thorpe e Shane Gould, o ecologista Tim Flannery, os estilistas Romance Was Born, os escritores Christos Tsiolkas e Anna Funder, o curador de arte indígena Hetti Perkins e o músico Paul Kelly.
"Cada narrativa", completam eles, "aborda sob uma magnitude diferente desde a escala do corpo à escala do continente e juntos revelam os abundantes significados e impactos da piscina na sociedade australiana; como forma de permitir sobrevivência numa paisagem implacável, para domar nossos ambientes, para providenciar espaços com contato direto entre construções e natureza, para criar espaços socialmente democráticos, mas também espaços que erradiquem a segregação cultural e racial".
"Evidentemente australiana, The Pool é prazerosa, celebrativa e acessível. É também um ambiente para compartilhamento de histórias, contos e lutas coletivas, de construção e transformação de comunidade e refuta ao status quo. The Pool, como um aparato arquitetônico, baliza o limite pessoal e o limite social. É esta condição de limite metafórico e literal que queremos explorar e compartilhar com a audiência de Veneza. A piscina representa a condição de excedência e escassez da mesma maneira, fazendo isto ser muito interessante". O objetivo da exposição é ir além do discurso arquiteto-arquiteto para "mostrar como um objeto familiar, comum, a piscina, é na verdade repleto de significados culturais, é tanto um objeto, quanto uma catálise de mudança".