A contribuição russa na Bienal de Veneza de 2016 será "um relato de como a V.D.N.H. (a 'Exposição das Realizações Econômicas Nacionais') — um complexo único, tanto em relação à escala, quanto à arquitetura — está sendo transformado em um espaço multifuncional educacional e cultural, acessível a todos. Intitulada V.D.N.H. Urban Phenomenon, a mostra examinará o significado global do parque, "dado que o mundo inteiro se preocupa com a questão de como desenvolver o potencial intelectual da sociedade e como criar mecanismos efetivos para uma assimilação cultural". Após a Bienal, a exposição será permanentemente relocada para a V.D.N.H. em Moscou.
De acordo com Sergey Kuznetsov, arquiteto chefe de Moscou e curador da exposição: "diferentemente da maioria dos parques temáticos e de diversões, o V.D.N.H. não proporciona apenas lazer aos cidadãos, mas tem uma missão cultural e educacional. [...] Simultaneamente", completa, "a coerência desse conjunto urbanístico, a diversidade de seu espaço público e este colar de pavilhões nacionais e temáticos criam uma teoria que é capaz de acumular e multiplicar a energia intelectual e cultural da sociedade e é isto que na análise final está nos auxiliando a vencer a batalha pela qualidade de vida".
Segundo Kuznetsov, o panorama da exposição envolve "tecnologias de arte e multimídia para falar sobre o passado, presente e futuro do V.D.N.H." Além disso, "uma seção sobre a história da exposição irá mostrar artefatos dos tempos soviéticos", e ainda "haverá uma instalação de vídeos imergindo os visitantes na atmosfera do V.D.N.H. de hoje". O representante do pavilhão, Semyon Mikhailovsky, completou ainda que pesquisadores foram convidados a participar, incluindo escultores, artistas gráficos e estudantes do Instituo de Arquitetura de Moscou, da Academia Russa de Artes e de algumas outras instituições de ensino superior da Rússia.
Mikhailovsky alegou também que "o V.D.N.H. atualmente é exemplo de um espaço no qual a luta pela audiência é conduzida pelo uso de design urbanístico, arquitetura e educação e neste sentido se encaixa perfeitamente no tema da 15ª Bienal de Arquitetura, o qual o curador Alejandro Aravena definiu como ‘Reporting from the Front’."