Nossos parceiros da Escola da Cidade compartilharam conosco uma série de três aulas com Guilherme Wisnik -- convidado do curso de pós-graduação Geografia, Cidade e Arquiteturaa -- sobre arquitetura e cultura no Brasil moderno e contemporâneo.
Na primeira aula, Guilherme Wisnik apresenta uma sequência panorâmica e cronológica das bases da formação do modernismo desde os anos 20 até começo dos anos 40, iniciando sempre com canções brasileiras que dão o “tom” do momento e trazem informações cruciais. Nesta aula, comentou-se a emergência de uma arquitetura brasileira, que é justamente a que ficou conhecida como Arquitetura Moderna Brasileira – diferentemente do que tinha sito imaginado e defendido por Lúcio Costa e Mário de Andrade – e sobre a consolidação do Moderno como caminho oficial brasileiro, adotado pelo Governo Vargas e pelo Estado Novo, e ao mesmo tempo aceito internacionalmente como algo potente.
Na segunda aula, Guilherme Wisnik falou sobre o Tropicália – rupturas pós-modernas e aceitação das culturas de massas – e a inauguração de Brasília – “o monumento no planalto central do país” – e a transformação do ícone de democratização em seu avesso.
Num terceiro momento, tratou-se do Brasil grande, da época do milagre e de suas transformações e as frentes de exploração, além da entrada massiva de signos da cultura internacional – como queria o Tropicalismo – e esse país em transformação permanente.
Guilherme Wisnik é arquiteto formado pela FAU-USP, doutorado (2012) e docente na mesma instituição (2014). Foi crítico de arquitetura da Folha de São Paulo, com artigos reunidos no livro Estado Crítico. Foi curador da X Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013). Atualmente é vice-diretor do Centro Universitário Maria Antonia.