Convidado por Alejandro Aravena, o arquiteto colombiano Simón Vélez viajou a Veneza para fazer parte da Mostra Coletiva "Reporting from the Front", composta por 88 participantes de mais de 30 países. Sua exibição apresenta o trabalho realizada em Guadua durante os últimos 10 anos, utilizando maquetes, fotografias e uma instalação que expõe no local sua exploração com o material.
Segundo o catálogo da mostra internacional, "Simón Vélez é conhecido há tempos por ter desenvolvido uma variedade de projetos com bambus. O que é menos conhecido é a quantidade de caminhos que teve de percorrer para poder realizá-los. Cada um de seus edifícios é uma pequena e discreta batalha que foi vencida com o intuito geral de ampliar os benefícios do material, em favor de muitas pessoas e do meio ambiente".
A matéria é mais sustentável do que os materiais (menos energia incorporada)
Texto / Cortesia da Bienal de Veneza
Vélez chama o bambu de aço vegetal. É um material econômico, renovável, extremamente resistente, de fácil acesso, que pode ser utilizado por pessoas com habilidades construtivas muito diferentes. Apesar de todas as vantagens, teve que passar por lutas indescritíveis toda vez que ele optou por usá-lo.
Tem trabalhado para clientes ricos para subsidiar-se e gerar novos conhecimentos que possam ser aplicadas quando trabalha com clientes pobres. Nesse caminho tem provado inovações, como a introdução do concreto nos nós para melhorar a capacidade estrutural do ponto mais frágil do sistema.
Vélez tem defendido o uso do bambu em projetos públicos, substituindo outros materiais menos adequados e outras técnicas construtivas fora do contexto.
Além disso, promoveu a atualização dos códigos de construção obsoletos, destacando o fato de que as novas tecnologias e conhecimentos melhoraram a viabilidade deste material, e tornaram-se uma alternativa competitiva para a indústria.
Veja mais detalhes de seu trabalho aqui.