No último dia 30 de junho foi realizada a assembleia-geral ordinária do SASP, que pautou a abertura do processo eleitoral, assim como seu regimento e calendário. Durante o encontro, os presentes acolheram as diretrizes do Grupo de Trabalho Mulheres na Arquitetura (GTMA), aprovando a paridade de gênero na composição da(s) chapa(s) que disputará(ão) a eleição para a diretoria da entidade.
O texto, lançado um dia antes da assembleia, preconizava que “deve-se garantir a paridade de gênero nos espaços de representação do SASP, a saber, na eleição de delegados sindicais, na composição de diretoria, na indicação de representantes de conselhos participativos, nos grupos de trabalho e afins”. Por meio de votação, ficou estabelecido, portanto, que a(s) chapa(s) deverá(ão) ser composta(s) com um mínimo de 50% de mulheres, tanto em sua executiva quanto nas diretorias regionais, nessa próxima eleição para a diretoria do SASP.
“Esta não é uma vitória somente para o nosso coletivo feminista GTMA, e sim um avanço para toda a categoria na perspectiva da construção de espaços políticos que não sejam reprodutores acríticos de uma sociedade patriarcal caduca, mas que tenham como horizonte a luta por uma sociedade democrática e igualitária.”, afirma a arquiteta e urbanista Ana Teresa, integrante do GT.
No dia 13 de julho, às 19h, o GT se reuniu, convidando todas as arquitetas e urbanistas a participar do encontro para, assim, se inteirarem dos trabalhos realizados pelo sindicato e pelo coletivo. “Queremos que todas as arquitetas que tenham vontade de atuar politicamente em prol de sua categoria venham conhecer, se aproximar e entender a importância do trabalho do sindicato e como ele pode interferir positivamente em nossa sociedade" defende a arquiteta e urbanista Paula Fernanda Rodrigues. "É necessário observar, por fim, como estes mecanismos são capazes de ampliar as possibilidades de participação de outros setores sociais que são profundamente invisibilizados - em especial pessoas trans, indígenas, negras e negros - e que, apenas com políticas universais, não têm efetivamente garantida a sua participação política", reitera.
A conquista da paridade pelas mulheres do SASP segue o exemplo de outras instituições que já adotaram a política de igualdade de gênero em suas diretorias, como é o caso da UNE, CONTAG, FISENGE, as centrais sindicais CUT e CTB, dentre outras.
Via SASP