O aplicativo chileno Kappo está disponível para que os ciclistas de qualquer cidade do mundo possam compartilhar seus percursos enquanto pedalam. A lógica é como a de um jogo e permite que os usuários atribuam pontuações para as condições de percurso e rendimento.
Deste modo, a equipe que desenvolveu o aplicativo busca fomentar o uso da bicicleta e, com isso, tornar nossas cidades lugares mais agradáveis. Assim, para a celebração do Dia Mundial sem Carros a equipe criou o Prêmio Cool Place to Bike, para as empresas que incentivam seus funcionários a usarem a bicicleta como meio de transporte.
No entanto, a tecnologia desenvolvida também lhes permitiu reunir informações mais detalhadas dos percursos de bicicleta realizados nas cidades onde o Kappo já é utilizado. Um dos resultados é um estudo sobre 40 mil percursos realizados em seis comunas da região metropolitana de Santiago.
Sobre isso, Luis Elgueda, membro da equipe da Kappo, disse ao site Plataforma Urbana: "estamos voltando todos os nossos esforços em disponibilizar nossas tecnologias a serviço de cidades inteligentes, onde a participação dos ciclistas seja considerada nas tomadas de decisão em relação às novas infraestruturas."
Neste sentido, o trabalho mais recente é o Pedal Heat, uma representação cartográfica dos percursos de bicicleta registrados pelo aplicativo em nove cidades: Barcelona, Buenos Aires, Bogotá, Cidade do México, Hong Kong, Madri, Odense, Paris e Santiago.
Segundo Luis, as cidades foram escolhidas "de acordo com o trabalho realizado em termos de promoção do uso da bicicleta. Além disso, são cidades onde há uma alta quantidade de usuários. Para complementar, são todas cidades que têm um grande potencial para se converterem em cidades 'cicloamigáveis'."
No mapa de cada cidade é possível ver o fluxo de ciclistas e, assim, mostrar quais são as ruas e ciclovias mais movimentadas através de um mapa de calor (vias em vermelho). Além disso, como informou Luis, também podemos ver os percursos realizados, o tempo médio das viagens, a distância média, os pontos de origem, a quantidade de CO2 que não foi emitida com estes percursos e a distância total percorrida.
O movimento dos ciclistas nos mapas é reflexo dos percursos realizados em 2016, ou seja, trata-se de um registro dos movimentos já realizados. No entanto, Luis diz que "no futuro, não descartamos a possibilidade de fazer mapas em tempo real."
Para ver os mapas em movimento, acessa a página do Pedal Heat.