Um ano depois de seu lançamento, o Paulista Aberta é um sucesso de público. Mas fazer com que o projeto, que começou com a iniciativa de jovens engajados, virasse política pública não foi nada fácil. Essa história é contada pelo documentário Paulista Aberta pelas pessoas, que agora está completo no Youtube.
Além da luta para que a mobilização popular chegasse aos ouvidos dos gestores, os coletivos MinhaSampa e SampaPé, idealizadores do projeto, tiveram que dialogar com os moradores da região e convencer a sociedade civil de que era possível pensar a cidade de um jeito diferente. O documentário mostra os bastidores da conquista e seu impacto na mobilidade urbana e na sustentabilidade em São Paulo.
O momento de agir foi mais do que oportuno. Depois de ir para a rua nas Jornadas de Junho de 2013, boa parte das pessoas não quis mais sair do espaço público. A Avenida Paulista, símbolo maior da veia executiva de São Paulo, é um dos principais exemplos disso. Em 2015, ela passou a ser interditada aos domingos para carros e aberta aos pedestres e virou referência de projetos para cidades inteligentes.
Um ano depois, é hora de colher os frutos da mudança e insistir na sua expansão. Um estudo da USP comprovou que tanto a poluição sonora quanto a do ar melhoram aos domingos. O programa Ruas Abertas virou política pública, mas a participação popular continua sendo fundamental para que as ruas da cidade continuem sendo nossas.
O documentário Paulista Aberta pelas Pessoas explora a fundo as interessantes discussões que ganharam fôlego quando a Avenida Paulista foi aberta. De quem são as ruas, dos carros ou das pessoas? Como seria se elas fossem lugares de lazer? Como pessoas comuns podem mudar uma cidade? Como construir uma cidade melhor para o futuro?
Esses temas são discutidos e apresentados no vídeo com entrevistas com as idealizadoras do projeto, Letícia Sabino e Ana Carolina Nunes, do SampaPé, Guilherme Coelho, do Minha Sampa, representantes dos moradores e os vereadores de São Paulo Nabil Bonduki, Ricardo Young, Gilberto Natalino e Mário Covas Neto.
Via smarty