O segredo para uma engenharia da madeira resistente o bastante para suportar arranha-céus pode estar na interação entre moléculas dez mil vezes menores que um fio de cabelo.
Um novo estudo realizado por pesquisadores das universidades de Warwick e Cambridge resolveu um mistério de longa data de como os principais polímeros das células vegetais se conectam para formar materiais resistentes como madeira e a palha. Recriando esta "cola" em laboratório, os engenheiros podem produzir novos materiais à base de madeira que ultrapassam suas capacidades estruturais atuais.
A descoberta está na ligação entre os dois polímeros mais comuns encontrados na natureza, a celulose e o xilano, ambos encontrados nas paredes das células da madeira. Por algum tempo, os cientistas investigaram como o xilano poderia aderir às moléculas de celulose mais grossas e de estrutura alongada.
"Sabíamos que a resposta deveria ser elegante e simples", explicou o professor Paul Dupree, do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge. "E, de fato, era. O que descobrimos foi que a celulose induz o xilano a destorcer-se e a endireitar-se, permitindo que ele se conecte à molécula de celulose, atuando então como uma espécie de 'cola' que pode proteger a celulose ou unir as moléculas, resultando em estruturas muito resistentes".
Os cientistas acreditam que esta descoberta pode ter um grande efeito nas indústrias que fazem uso da madeira, como a produção de papel e biocombustíveis, reduzindo a quantidade de energia necessária para a realização dos processos, além da possibilidade de criar novos materiais à base de madeira.
Com arranha-céus de madeira surgindo em todo o mundo, esses novos materiais poderiam estabelecer a madeira como o padrão para a construção de edifícios em altura nos próximos anos.
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Via Phys.org.