O escritório Sasaki, sediado nos EUA, venceu o concurso internacional para redesenhar Suzhou Creek - também conhecido como o Rio Wusong - em Xangai, China, que foi historicamente uma das rotas aquáticas mais vitais da cidade, mas que nas últimas décadas sofreu da poluição e negligência. Depois de receber uma subvenção do Banco Asiático de Desenvolvimento, a hidrovia foi limpa e agora está em processo de se tornar uma nova peça central para Xangai.
Por milhares de anos, muito antes de Xangai tornar-se uma metrópole global, Suzhou Creek dominou a paisagem. À medida que a região se instalava, séculos de manipulação humana procuravam conter o Suzhou Creek, transformando-o de uma característica-chave de bacia hidrográfica a um canal de alta tecnologia usado para o transporte de bens e materiais. Suzhou Creek é muitas vezes creditado como um dos principais condutores da industrialização moderna de Xangai. Para as gerações recentes de Shanghainese, no entanto, Suzhou Creek é lembrado como um terreno baldio, culminando em um risco para a saúde pública que desproporcionalmente afeta os pobres e os mais vulneráveis da cidade - afirmou o arquiteto.
No ano passado, dois distritos junto ao córrego - a rica margem sul e o socialmente sub-representado norte - combinaram-se, criando uma "divisão física e mental que enfatizava a dicotomia da Xangai contemporânea". No entanto, o plano de Sasaki utiliza a fusão dos distritos municipais como um catalisador para o desenvolvimento e renovação, a fim de "enfrentar grandes lacunas físicas e sociais no tecido da cidade."
O novo projeto se concentra em "expandir a orla percebida de Xangai nos blocos urbanos adjacentes ao córrego", que irá recuperar o espaço para uso público, criando assim uma bacia urbana e cultural delineada pelas bordas de frente de lazer e fachadas urbanas. Novos empreendimentos de uso misto irão fortalecer as conexões com destinos próximos, como a estação de trens de Xangai e o Distrito de Artes M50.
Ao evitar a noção preconcebida do Creek como uma experiência linear, o projeto reorganiza a hidrovia em uma série de nós e parques urbanos. Estes parques são espaçados em não mais de 500 metros de distância, criando uma comunidade muito desejada orientada ao espaço aberto e permitindo que o local se envolva com os bairros vizinhos. Além disso, os armazéns históricos ao longo do córrego serão "reutilizados como destinos culturais para reforçar ainda mais a cena artística florescente ao longo dele".
O plano de Suzhou Creek considera adicionalmente a capacidade não realizada do espaço como infraestrutura de paisagem e incorporará terraços de terra úmida para "restaurar o habitat natural, mitigando os impactos de enchentes ocasionais e proporcionar oportunidades para as pessoas se aproximarem da água".
As ideias que desenvolvemos para Suzhou Creek falam do incrível poder da prática colaborativa e global de Sasaki. Nossos planejadores urbanos, arquitetos, arquitetos paisagistas e ecologistas trabalharam juntos em escritórios em dois continentes para criar uma abordagem de ponta que unifica milhas de complexidade ao longo do riacho, disse Michael Grove, diretor da Sasaki. Tao Zhang, arquiteto-chefe do projeto, acrescentou: "Olhamos para além do que foi dado e investigado mais do que o esperado, porque sabíamos que grandes descobertas não estavam contidas pelo limite do projeto. O resultado é uma visão audaz e plausível que integra diversas funcionalidades sociais e ecológicas com uma composição espacial equilibrada.
Notícia via Sasaki.
