Ao longo de dezesseis semanas, Lisboa foi o palco de um programa público de conferências, debates, workshops, prêmios, exposições e visitas guiadas, entre muitas outras atividades. A 4ª edição da Trienal de Lisboa foi o ponto de encontro de diferentes gerações de autores, agentes culturais e opinion makers. Uma edição que registou 154.441 visitas, número que prova a consolidação do seu posicionamento como evento de referência, numa aproximação da disciplina ao grande público promovendo ainda a marca de Lisboa e Portugal além fronteiras.
The Form of Form convocou 178 participantes, vindos de 38 países, a apresentar propostas que lançaram o mote para ver, ouvir e debater questões atuais em torno da cultura e da prática arquitetônica. Números que atestam a pertinência da linha programática de André Tavares e Diogo Seixas Lopes, enquanto Curadores Gerais. A abordagem, abertamente dedicada à forma e à gênese e impacto da prática disciplinar na vida das pessoas e das cidades, revelou-se uma aposta ganha no campo da curadoria em arquitetura.
A edição contou com 96 entidades parceiras, das quais 26 organizações públicas, 40 patrocinadores e 8 Instituições culturais portuguesas e estrangeiras. The Form of Form conseguiu ainda reunir, pela primeira vez, 9 financiamentos internacionais e firmou 13 parcerias de media que amplificaram a divulgação junto do grande público.
Entre 5 de outubro e 12 de dezembro, foram realizados 121 eventos maioritariamente de acesso gratuito, prova do compromisso de serviço público assumido pela Associação Trienal de Lisboa enquanto entidade de utilidade pública. Ao todo, foram lançadas 16 publicações das mais diversas editoras como são exemplo a Lars Müller, a Park Books ou a Orfeu Negro.
O programa apostou em ampliar os limites da cidade através do programa Satélite, o que levou a uma colaboração inédita de 4 câmaras municipais (de Lisboa, Almada, Sines e Amadora) e proporcionou aos visitantes a possibilidade de percorrer e/ou descobrir espaços de simbolismo e valor patrimonial ímpares em Lisboa, Almada e Amadora. Mais que descobrir, a edição de 2016 pretendeu projetar o que será o futuro da cidade de Sines através da exposição Sines: Logística à Beira-Mar, a qual, em breve, será apresentada nesta cidade alentejana.
O ciclo de conferências Talk Talk Talk trouxe a Portugal alguns dos mais relevantes pensadores da disciplina e o debate 2016-Ennials revelou-se o momento marcante da semana de encerramento. No Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II completamente cheio, Mark Wigley (co-curador, com Beatriz Colomina, da Bienal de Istambul) reconheceu publicamente a Trienal como "um evento de excelente reputação mundial".
Cada vez mais comprometida com uma altamente exigente e reflexiva programação e com a vontade de extravasar o público especializado de arquitetura, chegando a todos e todas, a Trienal de Lisboa tem já aberto uma chamada para a equipe curatorial da edição de 2019, que encerra a 31 de Janeiro de 2017.
As edições da Trienal de Lisboa propõem refletir sobre os desafios atuais da disciplina, agindo como um catalisador de discussão e exploração crítica.