O arquiteto holandês Winy Maas conversou recentemente com Anatxu Zabalbeascoa em uma entrevista publicada pelo jornal espanhol El País. Apostando em uma "arquitetura não elitista que se conecte com o mundo", o cofundador do MVRDV defende, nesta conversa, sua trajetória de projetos visuais e icônicos, pois, segundo ele, a imagem é uma "via rápida para trabalhar a identidade".
Maas lamenta como "as grandes estrelas da arquitetura devoraram todo o potencial [da arquitetura icônica] com avareza", deixando-a marcada pela ideia de desperdício e irresponsabilidade; porém, o arquiteto resgata o valor desse tipo de arquitetura para transformar positivamente as cidades. "Nem todo mundo pode ou deve fazer coisas pequenas, quase invisíveis. Veja as revistas: agora todos trabalham com medo", afirma.
Questionado se os arquitetos começam a arriscar mais quando adquirem certa experiência, Maas responde:
Há uma diferença entre o risco corrido pelos jovens e arriscar em toda uma trajetória profissional. Porém, seja como for, arrisque. Ser arquiteto te obriga a acreditar no futuro. Você precisa imaginá-lo. Antes de um grande edifício, você precisa pensar como será o mundo em dez anos. Isso requer imaginação, capacidade de observação e correr riscos.
Leia a entrevista completa no El País.