Esta semana publicamos que a Comissão Europeia e a Fundação Mies van der Rohe anunciaram as 40 obras selecionadas que concorrerão ao Prêmio Europeu de Arquitetura Contemporânea 2017 - Mies Van Der Rohe Award. O júri escolheu a partir dos 356 projetos indicados, e a lista destaca as oportunidades e as tendências no território europeu atual: cidades, habitação, patrimônio e memória. Os cinco finalistas serão anunciados em meados de fevereiro e o vencedor e o arquiteto emergente em meados de maio.
Entre os selecionados, há quatro projetos de arquitetos portugueses, com uma Residência, dois Museus e um Edifício Institucional.
Conheça mais sobre cada um dos projetos, a seguir:
Casa em Oeiras / Pedro Domingos arquitectos
Arquitetos: Pedro Domingos arquitectos
Localização: R. Santo António 36B, 2780-164 Oeiras, Portugal
Autor: Pedro Domingos
Área: 220 m²
Ano do projeto: 2015
Trecho do Memorial: A casa desenvolve-se em torno do pátio através de um percurso, desde as áreas comuns a sul/nascente, até aos espaços mais privados a norte. A casa é desenhada como um único espaço, sem portas onde os limites se vão ajustando em função da sua altura, luz e sombra de forma a definir a sua vocação. O pátio central é o único espaço autônomo, em que o limite físico é preciso e delimitado.
Museu de Artes, Arquitetura e Tecnologia / AL_A
Arquitetos: AL_A
Localização: Av. Brasília, 1300-598 Lisboa, Portugal
Autora: Amanda Levete
Ano do projeto: 2016
Trecho do Memorial: O novo edifício é a peça central do masterplan da Fundação EDP para um campus de artes que inclui a estação de energia Central Tejo. Compondo a estrutura na paisagem, o Kunsthalle é projetado para permitir que os visitantes caminhem sobre, sob e através do edifício que fica debaixo de um arco suavemente expresso - uma das formas mais antigas da arquitetura ocidental. A coberta se torna um espaço ao ar livre, uma reconexão física e conceitual do rio com o coração da cidade - onde os visitantes podem afastar-se do rio e desfrutar da vista da paisagem urbana e, à noite, assistir a um filme com Lisboa como plano de fundo. Com base na rica tradição de artesanatos e cerâmica de Portugal, a crepitação tridimensional de azulejos articulam a fachada e produzem uma superfície complexa que dá leituras mutáveis da água, luz e sombra.
Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso / Álvaro Siza Vieira
Arquitetos: Álvaro Siza Vieira
Localização: Chaves, Portugal
Área: 2768.0 m²
Ano do projeto: 2015
Trecho do Memorial: A solução encontrada, não existindo outro local apropriado na zona urbana, foi a de elevar o piso único do edifício por meio de uma série de lâminas estruturais perpendiculares ao rio. O acesso direto estará garantido por uma ligeira rampa, a partir de uma cota já não inundável. Os dois espaços expositivos fundamentais desenvolvem-se paralelamente, sendo um iluminado por lanternim contínuo e o outro aberto ao rio. O programa da Fundação inclui duas oficinas, uma delas à espera de uma presença privilegiada: Nadir Afonso. O piso único do edifício da Fundação assentará em plataforma de betão à cota 351,50, apoiada em muros perpendiculares ao rio, a fim de não estar sujeito a uma eventual inundação. Não é de excluir o risco de uma cheia excepcional. A diferença de cota entre o arruamento a noroeste e o terreno natural será vencida por talude de suave pendente.
Sede EDP / AIRES MATEUS
Arquitetos: Aires Mateus
Localização: Av. 24 de Julho, Lisboa, Portugal
Autores: Manuel Aires Mateus, Francisco Aires Mateus
Área: 46222.0 m²
Ano do projeto: 2015
Trecho do Memorial: O legado desenhou o gesto fundativo. O passado longínquo da cidade, ou a história deste aterro conquistado à água, ditaram a implantação destes corpos perpendiculares ao rio. Aprisionando-se uma praça, espaço público, e uma “massa” de ar que significa o edifício. Desenha-se a partir de elementos verticais; modulação, estrutura, infraestrutura, proteção solar, resolve todo o edifício. Perfis variáveis modelam-se subtilmente num desenho de um relevo suave e continuo, onde planos se insinuam de forma delicada. Desenho mutável varia com a luz, penumbra ou sombra e com um ponto de vista que a encontra mais proeminente ou mais plana, de mais opaca e misteriosa, a mais transparente e reveladora da a vida pulsante no seu interior. O gesto, resolve o projeto, protegendo espaços de trabalho com pátios na vertical e funções públicas na praça horizontal.
Os cinco finalistas serão anunciados em meados de fevereiro e o vencedor e o arquiteto emergente em meados de maio.