Paulo Mendes da Rocha talvez seja o arquiteto brasileiro mais reconhecido em território nacional, porém, sua reputação internacional ainda está sendo construída e prova disso são os três recentes prêmios que recebeu: o Leão de Ouro na Bienal de Veneza 2016, a RIBA Gold Medal 2017 e o Prêmio Imperial do Japão.
Após á cerimônia do RIBA na última semana, o crítico de arquitetura Oliver Wainwright, em um artigo publicado no The Guardian, reconhece o brilhantismo de Paulo Mendes da Rocha e explica as razões que o tornam tão importante e ao mesmo tampo tão pouco conhecido fora do Brasil.
Com uma carreira de mais de 60 anos, por quase metade dela Mendes da Rocha sofreu com repressões do sistema ditatorial militar. Isso explica em parte o por que de hoje em dia trabalhar só, em uma sala no edifício do IAB-SP, realizando parcerias pontuais com outros escritórios para cada novo projeto que assume.
Wainwright explora este aspecto em seu artigo, porém, destaca o modo como o arquiteto encara isso hoje em dia, após ter sido agraciado com alguns dos prêmios mais importantes da arquitetura mundial. "Eu não tenho nenhum desejo de administrar um negócio", afirma Paulo, "Há tanta administração no mundo hoje em dia, e fico feliz que meus colegas estejam dispostos a fazer isso. Não ter meu próprios escritório me dá a maior das liberdades - a de não fazer nada se eu não quiser."
Leia o artigo completo de Oliver Wainwright aqui.