De vocação experimental, o Festival Walk&Talk privilegia a apresentação de projetos inéditos e a sua realização efetiva a programação que é desenvolvida ao longo de todo o ano pela Anda&Fala – Associação Cultural, através de residências que estimulam a criação artística contemporânea, a partir do contexto cultural e geográfico específico dos Açores. Jesse James, Diretor artístico do Walk&Talk e co-fundador da Associação Anda&Fala, sublinha: “O Walk&Talk está a consolidar-se como uma plataforma de programação artística contínua que, baseada nos Açores, se quer também sustentada a longo prazo, para que continue a ser capaz de atrair e apoiar a criação artística nas suas mais variadas formas de expressão”.
Em 2017, o Walk&Talk reforça e alarga a sua rede de cocriação, intercâmbio e partilha, através de parcerias com estruturas locais, como o Teatro Micaelense, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas (CAC), Museu Carlos Machado e Galeria Fonseca Macedo, nacionais e estrangeiras, como o Temps d’Images Lisboa, Teatro Nacional Dona Maria II, Alkantara e Fogo Island Arts no Canadá. Jesse James destaca: “A nossa ambição passa por capitalizar o impacto que a dinâmica inovadora das artes transfere para setores como o turismo, economia e educação, em prol de uma periferia ativa e de uma comunidade participativa, que atuam positivamente para a sociedade global, através da geração de conteúdos artísticos inéditos, universais e passíveis de serem partilhados com o mundo”.
DESTAQUES FESTIVAL WALK&TALK 2017:
O Circuito de Arte Pública será desenvolvido entre as duas ilhas do arquipélago e conta com a curadoria do coletivo multidisciplinar KWY, que reúne os arquitetos Ricardo Gomes e Gabriela Raposo e o curador Miguel Mesquita, e a participação já confirmada dos artistas SPY (ES) e Mark Clinterberg (CA).
O Programa de Exposições abre com a exposição coletiva na Galeria Walk&Talk, a cargo da curadora romena Diana Marincu, cuja participação é apoiada pelo Instituto Cultural Romeno. Em Ponta Delgada serão ainda apresentados projetos individuais dos artistas Carla Cabanas e João Paulo Serafim e duas exposições satélite.
Os curadores Marta Jecu e Sérgio Fazenda Rodrigues trazem ao Museu Carlos Machado o projeto Exodus Stations, que terá início no mês de maio e consiste num programa de residências e intercâmbio de artistas de três países europeus - Portugal, França e Alemanha. Por via da arte contemporânea, este projeto pretende pensar novas formas de entendimento e produção de conhecimento na esfera da Museologia.
A bailarina e coreógrafa Vânia Rovisco assina a nova criação de dança contemporânea que estreia a 28 de julho, em coprodução com o Teatro Micalensense e o Arquipélago - CAC. O espetáculo reúne na equipa artística vários criadores açorianos e conta com a colaboração especial de Jochen Arbeit, músico e compositor alemão, fundador da Automat e que passou por bandas como Die Haut e The Jever Mountain Boys.
EM CONTAGEM DECRESCENTE PARA O WALK&TALK:
Nos dias 26 e 27 de abril, ocorre em Ponta Delgada a segunda edição do seminário PERIFÉRICA, uma iniciativa enquadrada no Programa de Conhecimento do Walk&Talk e que antecede a realização do festival, com o convite a vários peritos para uma reflexão crítica em torno da criação artística contemporânea, este ano motivada pelo tema “Programação Cultural: âmbito, escala e relevância”.
O colectivo KWY inicia a sua residência de curadoria em São Miguel em março, com passagem pelo Arquipélago – CAC, no dia 2 de maio, pelas 21h, para uma conversa aberta ao público. A conversa com o tema “Espaço, Lugar e Arte Pública”, será dedicada à contextualização da proposta de curadoria e à explanação das suas motivações concetuais, bem como à reflexão sobre o próprio conceito de “Arte Pública”.
Na área da música, o Festival Walk&Talk 2017 terá pela primeira vez um ciclo comissariado de atuações e concertos, cuja seleção estará a cargo da promotora e DJ Sonja. Propostas que, como é habitual no festival, vão integrar um cartaz compreensivo de peritos, jovens artistas e criadores consagrados, portugueses e estrangeiros, convidados a protagonizar o programa que se encontra em fase de finalização e irá ligar através das artes as ilhas de São Miguel e Terceira, com residências, novas intervenções em espaços ao ar livre, exposições, performances, sessões de cinema, workshops e conversas temáticas.
SOBRE O WALK&TALK
Festival anual de artes que estimula a criação no contexto cultural e geográfico específico dos Açores. Das artes visuais às artes performativas, passando pela arquitetura, o design, a música ou o vídeo, além de um festival o Walk&Talk constitui-se uma plataforma que incentiva a criação artística em diálogo permanente com o território, a cultura e a comunidade açoriana. Atua em rede de coprodução com outras estruturas de programação, promove um ambiente favorável ao intercâmbio e à cocriação de conteúdos universais, gerados a partir dos Açores para serem partilhados com o mundo.
O Walk&Talk foi fundado em 2011 e já acolheu mais de duas centenas de criadores e colectivos em residência, para a apresentação de projetos artísticos ou criação de trabalhos inéditos. Em 2016 alargou pela primeira vez a dinâmica do festival a uma nova ilha do arquipélago – a Terceira, e ao longo de sete edições tem dado forma a um Circuito de Arte Pública, composto por intervenções de carácter mais ou menos efémero, mapeado e visitável ao longo de todo o ano entre as ilhas de São Miguel e da Terceira, que hoje conta com cerca de 100 obras.
O Festival Walk&talk é membro da EFFE – Europe for Festivals Festivals for Europe e a sua realização assinala o culminar do trabalho da Anda&Fala - Associação Cultural, que anda e fala pela reflexão, criação e circulação artística, 365 dias por ano, em múltiplas geografias. Anda&Fala é uma associação sem fins lucrativos, declarada em 2016 de utilidade pública pelo Governo dos Açores, cuja actividade visa promover a região como ponto de encontro para as artes e os seus agentes, um contexto privilegiado à investigação, desenvolvimento e apresentação de projetos nas múltiplas disciplinas de expressão artística, assinados por criadores portugueses e estrangeiros.
Para mais informações, acesse a página oficial do festival, ou sua página no Facebook.