Kenneth Frampton: "O arranha-céu só representa o mercado"

Em uma entrevista concedida há algumas semanas ao jornal El País Semana, o arquiteto, crítico e historiador Kenneth Frampton conversou com Anatxu Zabalbeascoa após ser nomeado doutor honoris causa pela Universidade Politécnica de Madri. A conversa girou em torno das múltiplas edições de sua obra prima "História crítica da arquitetura moderna", que foi se adaptando a um mundo mais complexo e composto por múltiplas narrativas.

"Não quero apresentar um mundo eurocêntrico", reconhece Frampton antes de criticar o boom de arranha-céus em todo o mundo. "Em Nova Iorque se constrói um arranha-céu atrás do outro. E são construções medíocres. Só representam o mercado", adverte. 

Em um momento da humanidade em que se valorizam os relatos sobre um mundo heterogêneo, acelerado e desigual, Frampton reconhece: 

Deixamos [de lado] uma grande parte do mundo. Que você não conheça algo não quer dizer que essa coisa não exista [...] É necessária a convicção de que você viu coisas que merecem ser contadas. E a humildade para deixar claro que o que você conta não é nunca a história. É a sua história.

Leia a entrevista completa aqui.

Sobre este autor
Cita: ArchDaily Team. "Kenneth Frampton: "O arranha-céu só representa o mercado"" [Kenneth Frampton: 'El rascacielos solo representa al mercado'] 29 Abr 2017. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/869984/kenneth-frampton-o-arranha-ceu-so-representa-o-mercado> ISSN 0719-8906

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