Campanha no catarse para relançar dois livros de peso da arquitetura brasileira

Quanto pesa um livro? Se for o Dicionário da Arquitetura Brasileira ou o guia Arquitetura Moderna Paulistana, a resposta é: pesam muito! Esses dois livros foram tão impactantes que esgotaram assim que saíram das gráficas, respectivamente em 1973 e 1983, e hoje em dia são pérolas raras!

Quando o assunto é Arquitetura Brasileira, existem alguns livros que vêm à memória pela importância que tiveram em documentar, explicar e difundir nosso patrimônio construído; é fundamental que não se perca a memória desses livros e que continuem sendo acessíveis a todas gerações de arquitetos e estudiosos do Brasil.

A Romano Guerra Editora quer ver esses dois preciosos livros voltarem às prateleiras e, para isso, lançou uma campanha de financiamento coletivo no Catarse para reeditar, em versão facsimilar, esses livros ausentes de nossas vidas há cerca de 40 anos.

DICIONÁRIO

Cortesia de Romano Guerra Editora

Originalmente publicado em fascículos na revista Acrópole, o DICIONÁRIO DA ARQUITETURA BRASILEIRA de Carlos Lemos e Eduardo Corona foi lançado na forma de livro em 1973, com edição esgotada no mesmo ano. O Dicionário foi de grande importância não só para os profissionais da área e estudantes mas também para a história da editoria brasileira: até hoje é o primeiro dicionário especializado em arquitetura brasileira, fruto de uma extensa pesquisa por parte de seus realizadores. 

No Dicionário da Arquitetura Brasileira qualquer um poderá verificar centenas de verbetes, dentre eles a divertida explicação equivocada da origem do termo Combogó, ou Cobogó. Depois de uma correta explicação de que se trata de parede furada, a definição de sua origem escorrega por completo: “Parece que o combogó brasileiro filia-se diretamente aos tijolos perfurados das construções norte-africanas, como sugere a forma da palavra evidentemente negra”. Mas ninguém deve ficar preocupado, pois Carlos Lemos garante que se trata do único equívoco do livro e na introdução do livro vai constar a definição correta.

O GUIA

Cortesia de Romano Guerra Editora

O guia da ARQUITETURA MODERNA PAULISTANA, organizado por Alberto Xavier, Carlos Lemos e Eduardo Corona, mapeia o cenário da arquitetura moderna produzida em São Paulo. Foi inicialmente publicado em fascículos na revista “A Construção São Paulo” a partir do ano de 1978 até 1983, quando foi editado em um volume completo, esgotado no mesmo ano. O livro, estruturado em fichas de obras construídas organizadas cronologicamente, inicia com a polêmica atribuição de primeira obra moderna ao edifício de apartamentos na Avenida Angélica, projeto de Júlio de Abreu, de 1927, e termina em 1977 com o Centro Cultural São Paulo, de Eurico Prado Lopes e Luiz Telles.

O livro apresenta uma série de edifícios e conjuntos arquitetônicos que são marcos da cidade de São Paulo: Edifício Esther, de Álvaro Vital Brazil e Adhemar Marinho, 1935; Edifício Prudência, de Rino Levi e Roberto Cerqueira Cesar, 1944; Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi, 1949; Parque do Ibirapuera, de Oscar Niemeyer, Zenon Lotufo, Hélio Uchoa e Eduardo Kneese de Mello, 1951; Edifício Copan, de Oscar Niemeyer, 1951; Estádio do Morumbi, de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, 1952; Edifício Nações Unidas, de Abelardo de Souza, 1953; Conjunto Nacional, de David Libeskind, 1955; Edifício Itália, de Adolf Franz Heep, 1956; Ginásio do Clube Atlético Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro, de 1957, Masp, de Lina Bo Bardi, 1957. 

Para contribuir com a campanha, clique aqui.

Sobre este autor
Cita: Romullo Baratto. "Campanha no catarse para relançar dois livros de peso da arquitetura brasileira" 29 Mai 2017. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/872390/campanha-no-catarse-para-relancar-dois-livros-de-peso-da-arquitetura-brasileira> ISSN 0719-8906

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