O Ministério do Ambiente e Espaço Público do Governo da Cidade de Buenos Aires lançou o concurso 'Pavilhão temáticos - Buenos Aires 2017' a fim de ativar áreas pontuais da cidade e fomentar atividades recreativas através da arte e da arquitetura.
O juri outorgou o prêmio de Pavilhão 'Infantil' aos arquitetos Jaime Hernán Cumpa López, Ezequiel Pérez Villalba e os colaboradores Arq. Stefan Kasmanhuber, Eugenia Citterio, Leandro Comas, Lucas Franco e Valentino Tonsich. Confira o projeto completo a seguir.
Descrição dos autores. A escolha de um arquétipo para representar o pavilhão das crianças no Parque Thays não foi causalidade: a primeira concepção de espaço habitável que tem uma criança, um elemento único e icônico que desponte no parque, reflita seu entorno e capture a interpretação das crianças que o visitem.
Localizado próximo à escultura Floralis genérica, a Faculdade de Direito e o Centro de Convenções de Buenos Aires, o pavilhão se ajusta na materialidade e nas figuras claramente reconhecíveis, icônicas. O mesmo se apoia em seis bases temporárias e está inserido no parque sendo sua construção pré-fabricada em um ateliê da cidade.
O Pavilhão está composto por uma série de quatro pórticos metálicos que articulam toda a composição, um sistema seco que articula os elementos do projeto.
Os pórticos metálicos vinculam-se através de uma solda, o piso é feito de madeira fenólica e o interior de placas de gesso pintadas de branco. Uma rede atua como entrepiso para o entretenimento e interpretação da paisagem. O exterior do pavilhão está revestido com placas de aço inoxidável polido que produz um jogo de perspectiva, reflexos e transformações gerando uma transição agradável entre o construído e a paisagem, refletindo o parque e as atividades que o rodeiam.
A proposta permite que as crianças, através de jogos e atividades lúdicas, entendam o espaço e a escala da cidade. As crianças que visitam o pavilhão terão diferentes estímulos que permitirão a interação com o entorno circundante, o reflexo do exterior permitirá diversas interpretações que poderão ser definidas pelos pequenos vistantes utilizando as canetas e rabiscando as paredes para construir uma obra coletiva. Outro estímulo são as aberturas zenitais que permitem capturar recortes do céu e da cidade; e o periscópio que permite um entendimento do espaço que os rodeia e a escala da cidade. Ao observar essa pele de aço inoxidável as crianças não somente observa o entorno, mas se reconhecem como parte dele.
O Pavilhão converte-se em um recipiente de reflexões, ideias e interpretações dos menores em relação à cidade. Graças ao seu sistema construtivo, o pavilhão tem possibilidade e facilidade de traslado. Pode ser construído em um ateliê e mover-se, ou seja, quando cumprir sua função no parque Thays a estrutura poderá fazer parte de outro espaço educativo da cidade, desta maneira a pavilhão também é sustentável. A reutilização do pavilhão dentro de um complexo educativo a posteriori permitirá não somente pensar na reutilização dos materiais mas também será o recipiente de novas atividades programáticas gerando um benefício para a instituição que o acolha.