Em entrevista ao jornal português Diário de Notícias, o Pritzker lusitano Eduardo Souto de Moura fala a Ana Sousa Dias sobre sua trajetória desde a escola de Belas Artes, seu trabalho ao lado de Noé Diniz e Álvaro Siza, até sua consolidada carreira internacional - que tem lhe rendido projetos, mas não prazer.
"Se tenho de fazer 30 projetos, há três que me dão gozo e 27 que não. Estou farto. Não me chateia discutir desde que o pressuposto seja inteligível. Mas neste momento só interessa o tempo e o dinheiro, até pode ficar feio. Politicamente, respeitar as eleições e economicamente ter grandes lucros", comentou Souto de Moura.
Indagado se alguma vez pensou que chegaria a receber o maior reconhecimento no campo da arquitetura, o arquiteto responde: "Não, mas isso é a boa regra, nunca pensar nos prêmios. Fico todo contente, não sou um falso modesto. Cada vez a arquitetura é mais difícil, nós estamos mais velhos, é preciso mais energia, mais dinheiro para investir, mais tempo, e cada vez há menos tudo isto. Até que ponto isto vai continuar? Isto mudou de tal maneira rápido que não tenho energia para apanhar o comboio."
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