Em reportagem no jornal Folha de S. Paulo, o economista, crítico de arquitetura e curador André Corrêa do Lago - responsável pelo pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza de 2014 e atualmente membro do júri do Prêmio Pritzker - fala sobre a importância de uma arquitetura de qualidade mesmo em tempos de crise e explica algumas das razões que fazem o Brasil ter "algumas das cidades mais feias do mundo".
Para ele, a "boa arquitetura" independe de custos, "pode ser cara, barata ou ter um custo médio. A péssima também, pode ser muito cara ou barata", portanto, dificuldades econômicas e escassez de projetos poderiam, para o crítico, servir de força motris para os profissionais se voltarem a outros setores da profissão, como a pesquisa de novos materiais - o que levaria, com o tempo, à melhoria na qualidade da arquitetura que se produz no país.
Dentre outras razões citadas pelo economista estão a negligência com a calçada - elemento central para a vida urbana - , a ruptura da escala nas cidades, ocasionada por projetos indiferentes ao pedestre, e a fixação do poder público com o custo final da obra (regulado pela lei 8.666 de licitações), esquecendo-se dos custos cívicos, sociais e mesmo econômicos gerados por uma arquitetura de baixa qualidade ao longo do tempo.
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