
Iniciou-se oficialmente as demolições do projeto habitacional Robin Hood Gardens no leste de Londres, colocando um ponto final em qualquer possibilidade de preservação de um ícone da arquitetura brutalista do Reino Unido. Projetado pelos arquitetos britânicos Alison e Peter Smithson e concluído em 1972, os planos para a limpeza e reconstrução da área tem estado em pauta há mais de cinco anos, antes mesmo da indecisão do governo e de uma corajosa campanha de protesto liderada por arquitetos como Richard Rogers, Zaha Hadid, Robert Venturi e Toyo Ito, que questionava o plano.
Sad Day, just noticed they've started demolishing parts of Robin Hood Gardens pic.twitter.com/N3S5xJrJz4
— Robin Hood (@saverobinhood) August 23, 2017
Um exemplo do conceito “Streets in the Sky”, aplicado pelos Smithsons no Robin Hood Gardens, é a presença de amplas varandas de concreto no terceiro pavimento de cada edifício, oferecendo vistas para o jardim central e criando espaço comum de encontro para seus habitantes e para as crianças brincarem. A falta de manutenção, no entanto, fez com que as condições do complexo se tornassem precárias transformando-se em uma incubadora de crimes.
#SaveTheRobinHoodGardens ... A Fall of Ordinariness and Light 2014 . Jessie Brennan ... Robin Hood Gardens . Alison and Peter Smithson pic.twitter.com/rfhWCU9H4n
— Aguilera + Guerrero (@AGUA_architects) August 25, 2017

Assim que a demolição estiver concluída, o encarregado da Swan Housing Association dará sequencia nas próximas etapas do Blackwall Reach Regeneration Project, o qual criará mais de 1.500 novas unidades e espaços públicos desenhados por Haworth Tompkins, Metropolitan Workshop e CF Møller. Planejado para ser construído em três fases, o esquema manterá apenas o gramado central dos Jardins originais do Robin Hood Gardens.
As unidades residenciais no novo complexo serão mantidas "acessíveis", embora a precisão desse termo, na definição do Reino Unido, seja bastante discutível, pois permite que o valor das unidades seja fixados em até 80% do valor de mercado. No Blackwall Reach, alguns apartamentos chegarão a custar até US$ 1.855 por mês.
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