Um palácio barroco do século XVIII em Karlsruhe, na Alemanha, serve como tela para o deslumbrante projeto luminotécnico de realidade aumentada de Zaha Hadid Architects.
Chamada de “Behaviour Morphe”, a projeção exibida foi criada em colaboração com o compositor Max Cooper e os artistas digitais Andy Lomas e Mubbasir Kapadia durante o Festival Schlosslichtspiele de 2017 em Karlsruhe, explorando como os conceitos espaciais digitais poderem transformar os espaços habitados no futuro.
Projetado na fachada principal do castelo, com 170 metros de comprimento, o show de luz foi ajustado para reagir aos elementos arquitetônicos do palácio, iluminando e sombreando determinadas áreas de acordo com os dados em tempo real.
"A projeção na fachada do castelo revela seu interior como um laboratório digital de simulação do comportamento humano, revelando a movimentação de atores programados digitalmente com inteligência artificial que interagem com os espaços do castelo e entre si", explicam os arquitetos.
"Os dinâmicos espaços virtuais são definidos através de dados em tempo real que interpretam as atividades dos atores virtuais. Estes espaços digitais são então explorados com sistemas de crescimento interativo que imitam o processo evolutivo da natureza, demonstrando o potencial das simulações metamórficas e da morfogenética digital ".
O projeto foi produzido pelo grupo de pesquisa de design computacional da ZHA (ZH CODE), que explora como "aplicar as atuais pesquisas da área na abordagem de questões de relevância local, assimilando ainda o conhecimento tradicional".
"As idéias e o trabalho da ZHA se encaixam bem com minha abordagem musical, baseando-se no limite humano / máquina e no surgimento de formas biológicas simuladas a partir de sistemas de comportamentais", disse Cooper. "Eu projetei algumas trilhas que se encaixam no estilo visual e no desenvolvimento da peça, que passa de uma exploração lúdica de interações humanas com um espaço arquitetônico para complexas formas celulares e intensidade audiovisual.
"Passei muito tempo trabalhando no design de som para marcar cada pequeno detalhe e propagá-lo no processamento visual de modo a sincronizar com o mapeamento de toda fachada do castelo. Do meu ponto de vista, o cerne da peça está nessa sincronia, dando vida ao som através da meticulosa e profunda simulação e abordagens visuais geradas digitalmente".
Via Zaha Hadid Architects
