O Prêmio Internacional Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional 2017 já tem um vencedor: José Baganha torna-se o primeiro arquiteto português a recebero prêmio no valor de € 50,000. Trata-se da primeira edição em que certamente destaca a arquitetura de toda a Península Ibérica.
O júri formado por prestigiosos arquitetos espanhóis e internacionais decidiu premiar o Doutor pela Universidade do País Basco, em reconhecimento a seu trabalho por preservar as tradições arquitetônicas, em especial em Alentejo. Trata-se de uma área de Portugal com uma arquitetura muito ligado à desenvolvida em sua vizinha Extremadura (Espanha) por seus edifícios caiados de branco e chaminés proeminentes que atraem as duas paisagens.
Baganha, co-fundador do Council for European Urbanism, também foi internacionalmente reconhecido com o Prix Européen, entregue pela Fundação Philippe Rotthier, que também destaca a adaptação da arquitetura tradicional ao nosso tempo.
Na opinião do júri:
José Baganha é um arquiteto e um mágico alquimista, capaz de fazer uma síntese perfeita entre a tradição popular mais arraigada e a mais límpida modernidade, com um resultado que se integra tanto à paisagem urbana, como na eterna, doce e acidentada topografia portuguesa.
Entre as obras de Baganha sobressai a Casa nas Sesmarias (Salvaterra de Magos, 1992), no meio do caminho entre os palácios e as casas de campo, e a Casa do Médico de S. Rafael (Sines), um edifício do século XVIII, condenado à demolição, que foi restaurado e que Baganha reconstruiu, convertendo-o em um centro de eventos para o Colégio dos Médicos de Portugal.
Na terça-feira, 7 de novembro, a cerimônia de premiação acontecerá na Real Academia de Belas Artes de São Fernando em Madri. Paralelamente à cerimônia e, como em edições anteriores, foi organizado o Seminário Internacional de Arquitetura e Criação de Lugares, que acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro na Escola de Arquitetura da Universidade Politécnica de Madri.