Imaginário da Cidade: experiências, ações e corpografias da metrópole

O imaginário pode se referir a algo que não é real, àquilo que é fictício ou criado pela imaginação. O imaginário urbano, no entanto, mais do que algo que somente poderia existir na imaginação, para além de qualquer coleção de imagens, refere-se ao conjunto de registros de momentos, de ‘conteúdos vividos’. Como tais, nos oferecem outros olhares, transformam percepções, revelam experiências urbanas, formas de vivenciar a mesma cidade e inspiram reflexões acerca da vida na cidade e na coletividade. O imaginário urbano materializa- se a partir da reunião de uma constelação de ações, pois entende-se que o espaço só se torna um ‘lugar’ a partir de seu componente performativo: são a vivência e a experiência de um espaço que constroem a percepção dele.

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Que experiências do cotidiano, percepções espaciais e situações urbanas têm o poder de dar outros sentidos ao espaço urbano? Como engajar os cidadãos em um processo de construção de um imaginário urbano, necessariamente inclusivo e colaborativo?

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A 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo, a partir de um de seus eixos de pesquisa e intervenção, Imaginário da Cidade, tem o objetivo de pensar essas questões e dar visibilidade a percepções espaciais, ações pontuais, experiências, situações e imaginários urbanos produzidos cotidianamente por diferentes agentes na cidade de São Paulo.

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Para tanto, faz-se fundamental chamar, envolver e dar voz àqueles que reconhecem realidades urbanas de seu entorno e compor, com estes, registros de formatos distintos, prestigiando e potencializando os ‘espaços banais’ da cidade. São lembranças, experiências, símbolos, ações que transformam a experiência do espaço coletivo e as formas de expressão cultural, que desnudam os muitos imaginários urbanos vividos.

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Trata-se de olhares não-técnicos sobre a cidade. Olhares que desvendam o outro, o invisível, os detalhes, as inúmeras realidades sociais construídas e suas táticas para permear e representar o espaço urbano. Podem se materializar em registros de percursos, práticas de escuta, observação, colaboração, denúncia, produção de cartografias sociais, ações experimentais, corpografias, fotografias, vídeos, entre outros. Uma vez relacionadas, estas obras desvelam diferentes perspectivas sobre o território projetado, em diversas formas de leitura e expressão.

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A exposição Imaginário da Cidade apresenta a compilação realizada pelo Observatório da Bienal e trabalhos selecionados por meio de uma chamada aberta. Ao explorar os imaginários por diversas perspectivas, pretendemos agenciar encontros e diálogos entre diferentes atores e reconhecer novos recortes e formas de viver e apreender o território.

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Sobre este autor
Cita: Equipe 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo. "Imaginário da Cidade: experiências, ações e corpografias da metrópole " 20 Dez 2017. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/885636/imaginario-da-cidade-experiencias-acoes-e-corpografias-da-metropole> ISSN 0719-8906

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