O projeto de Natura Futura Arquitectura para uma estufa no clima quente subtropical de Nayón, Equador, é uma proposta que aborda o uso de recursos materiais locais na construção de estruturas produtivas de baixo orçamento para o desenvolvimento do coletivo.
O projeto, materializado com bambu, madeira e plástico de estufa, baseia-se na figura geométrica básica do triângulo, propondo setores com níveis distintos de iluminação para diferentes tipos de culturas.
Descrição dos autores. 'Huertomanías' é uma cooperativa de trabalho cujos membros têm dificuldade de interação social porque sofrem de problemas psicossomáticos e esquizofrenia. Eles realizam projetos de culturas orgânicas cuja mão de obra vem dos parceiros (pacientes medicados). A demanda era uma estufa de baixo orçamento que poderia ajudar a gerar culturas que deveriam ser protegidas contra o excesso de umidade ou insetos, de modo a expandir o espectro de intervenção.
Localizado em Nayón, uma paróquia de 15.000 habitantes, tem como peculiaridade possuir um clima quente subtropical que favorece várias culturas; A população aproveita o clima com a ajuda de estufas para trabalhar com várias espécies, tanto para consumo quanto decorativas, tornando a venda dos produtos um dos rendimentos característicos da população, pelo que também é conhecido como o jardim de Quito.
O Triângulo dos Vegetais é visto à distância como um fantasma no meio da montanha; leve, compacto, transparente. Construído com materiais locais, bambu, madeira, plástico de estufa, leva como referência uma figura geométrica básica (o triângulo), sua forma permite várias camadas de luz e sombra durante o dia, categorizando por setores e níveis diferentes tipos de mudas que mais tarde alimentarão os pomares.
No processo de construção, cada um dos parceiros adquiriu habilidades que permitiram realizar o trabalho; transportar materiais, aprender a usar uma serra elétrica, brocas, acessórios, identificar ferramentas e técnicas de trabalho. Aprender a trabalhar em equipe
O projeto permite gerar sinergias que resgatam o amor próprio e permitem o desenvolvimento de diversas potencialidades. O principal é reconhecer-se hábil em tarefas que exijam responsabilidade e para conseguir autonomia em questões econômicas, conseguindo assim uma produtividade coletiva.
Arquitetos: Natura Futura Arquitectura
Localização Nayón, Quito, Equador
Colaboradores: María Fernanda Estrada, Carlos Granizo, Cristian Navas, Freya Cadena, Paula Jaramillo, Aimée Dubois, Sebastián Trujillo, Caros Rojas, Sebastián Medina, Joel Audi, José Gómez, Fausto Quiroz, Omar Hernández, Thalía Montenegro, Vanelly Dumani, Pamela Bravo, Emiliano Trujillo, Marielisa Robles, Eduardo Granizo.
Área de projeto: 25 m2
Ano do Projeto: 2017
Fotografias: Cortesia de Natura Futura