O escritório de arquitetura Humphreys and Partners, com sede em Dallas, apresentou no início deste ano durante a exposição 'International Buiders', uma perspectiva particular daquilo que poderá vir a ser a arquitetura residencial em um futuro próximo. A proposta considera questões importantes na arquitetura como a habitação social e a sustentabilidade na construção, além de como a tecnologia tem transformado a maneira como habitamos nossas cidades. Este projeto futurístico composto de dois arranha-céus chamados de Pier 2: Apartment of the Future, não poderiam estar situados em um lugar mais sugestivo: a orla Manhattan.
O projeto está situado em um futuro aonde veículos autônomos, inteligência artificial, drones e casas automatizadas estão espalhados por toda parte e são fundamentais para nossa vida cotidiana. Talvez essa perspectiva não seja apenas coisa de ficção científica como pode parecer em um primeiro momento. O projeto do Hyperloop proposto por Elon Musk recentemente recebeu autorização do departamento de transporte do D.C. para iniciar suas escavações preliminares. O Hyperloop é um sistema de transporte previsto para iniciar sua operação em 2021, e consiste em túneis de vácuo onde cápsulas são lançadas através de propulsão a ar. O projeto do Humphreys and Partners para as futuras torres gêmeas de Manhattan, incorpora o sistema do Hyperloop em sua estrutura, além de outras tecnologias relacionadas ao transporte, como estações de bicicleta, plataformas de pouso para drones e passarelas geradoras de energia. O projeto também prevê um futuro aonde o comércio é completamente automatizado, assim como a recém inaugurada loja da Amazon Go em Detroit.
Pier 2: Apartment of the Future também aborda a uma questão latente na arquitetura contemporânea, a habitação social. Através de um projeto modular é possível criar unidades acessíveis que poderiam ser adaptadas junto a estrutura da torre conforme a necessidade. O projeto incentiva os espaços de convívio que promovem um senso de comunidade em uma paisagem urbana frequentemente alienante. Com o advento da "giga economia", onde a usual ideia de construir uma carreira para toda a vida é substituída pelo desenvolvimento de atividades empreendedoras baseadas em contratos, o projeto incorpora uma série de espaços de co-working nos níveis inferiores próximos do térreo.
Em termos de sustentabilidade, todo o edifício seria composto de vidros fotovoltaicos, reduzindo o consumo de energia elétrica da rede em até 34%. O projeto também conta com turbinas eólicas que estão localizadas sob a plataforma superior que conecta as duas torres, gerando mais energia para as unidades residenciais, além dos diversos painéis solares instalados na cobertura, tecnologias da Tesla e a produção de energia a partir do fluxo do rio Hudson. Nas laterais das torres, paredes verdes são utilizadas para a agricultura vertical e para a filtragem do ar atmosférico.
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