Paulo Mendes da Rocha é, atualmente, o nome que mais desperta admiração e respeito na arquitetura brasileira, e por muito pouco não pôde contar, em sua extensa lista de obras, com um projeto de intervenção na obra de outro mestre, Oscar Niemeyer. Contratado em 2015 pela anterior gestão municipal de São Paulo para realizar um projeto de adequação no parque Ibirapuera, a proposta do vencedor do Pritzker de 2006 foi engavetada em dezembro do ano passado.
Suspenso ainda na gestão anterior e engavetado na atual, o projeto de Mendes da Rocha pretendia resgatar a proposta original de Niemeyer, transformando em praça o estacionamento que há entre o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez - Oca, o Auditório Ibirapuera e a extremidade norte da marquise. Com piso permeável, a praça se tornaria o principal ponto de acesso ao parque.
Além disso, o arquiteto propôs a reformulação dos portões 1 e 2, que passariam a ser de acesso exclusivo de pedestres, e a readequação do sistema viário que deriva da Avenida Pedro Álvares Cabral, garantindo maior integração do parque com a área verde em torno do Obelisco.
Segundo Nabil Bonduki, ex-secretário de Cultura de São Paulo, o projeto não fora descartado pela gestão anterior, "estava apenas suspenso", e "o equívoco foi a atual gestão decidir romper o contrato" com Mendes da Rocha. Segundo o ex-secretário e arquiteto, a prefeitura anterior suspendeu o projeto para paralisar os prazos estabelecidos no contrato, enquanto aguardava a aprovação por parte dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico.
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