Embora Moshe Safdie possa ser mais conhecido por ousados projetos que compõe seu portfólio de obras construídas, o arquiteto considera sua obra não construída tão, se não mais, importante. Safdie reflete sobre o papel desses projetos no mais recente vídeo da série Time-Space-Existence da PLANE-SITE.
"Para aqueles que projetam visando a construção, não conseguir construir não é um fracasso", diz Safdie. "Existem diferentes razões pelas quais as coisas não são construídas, mas elas formam uma trilha fascinante através dos pensamentos e trajetória profissional de quem as projetou. Quando reviso esses trabalhos não construídos, alguns deles estão entre os projetos mais significativos que já fiz."
No vídeo, Safdie retoma a genealogia do Habitat 67 e observa que a construção em Montreal foi apenas uma fração do projeto. Propostas para Nova Iorque e Israel refletem seu fascínio pelo uso de blocos de construção tridimensionais como componentes espaciais. Para a Safdie, olhar para trás nesses projetos é crucial para orientar a arquitetura no presente. Esta perspectiva resulta em edifícios contemporâneos que são um produto tanto da tecnologia como do espírito dos tempos, mas incorporados a um sentido de significado atemporal.
Esta entrevista com Safdie é parte de uma série maior produzida pela GAA Foundation, que inclui Kengo Kuma, Tatiana Bilbao, Arata Isozaki e Fumihiko Maki. A cada mês, a PLAE-SITE publicará outra entrevista que fará parte da exposição Time-Space-Existence paralela à Bienal de Arquitetura de Veneza, que inaugurará em maio deste ano.
Via: PLANE — SITE.