Em entrevista ao El País, Bjarke Ingles debate com a jornalista especializada em arquitetura Anatxu Zabalbeascoa sobre algumas das motivações de seu trabalho e o fatores que fizeram dele uma das figuras mais proeminentes da arquitetura mundial.
Entre questões formais que dão nome aos seus edifícios - "floco de neve", "labirinto" - e a competitividade no universo da arquitetura - sua proposta substituiu a de Norman Foster para o World Trade Center 2 em Nova Iorque - Zabalbeascoa indaga Ingels de modo um tanto mais agudo que se poderia esperar, chegando a perguntar se "a arquitetura pode se transformar em piada".
Sobre as cidades do século XXI e o caso das grandes empresas de tecnologia que contratam escritórios - dentre os quais o BIG - para projetar suas sedes em áreas isoladas, Ingles advoga a favor de uma reinvenção do urbano, dizendo que "a cidade é muito mais. Uma porcentagem muito pequena mora no centro. Essas empresas não nasceram nas cidades, e isso abre um mundo a se explorar que me interessa." Zabalbeascoa pergunta o que faz uma cidade ser o que é, ao que o arquiteto responde:
"As pessoas. Veja como determinados grupos de artistas se mudam para viver em bairros mais econômicos e essa concentração causa urbanidade. Quando as pessoas chegam a um lugar e se instalam nele, esse lugar melhora, se desenvolve. O processo de gentrificação é sempre descrito como negativo, mas é também o motor para a redefinição do urbano."
Leia a entrevista completa no El País.