Projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo e construído na famosa Praça Clovis, no centro de São Paulo, entre os anos 1920 e 1940, o Palácio da Justiça de São Paulo ocupa uma área de 25 mil metros quadrados e apresenta uma planta simétrica, com quatro torreões formando seus ângulos em cujas alas distribuem-se os ambientes.
Entre 2004 e 2009 o edifício teve suas fachadas e a cobertura de cobre do Salão do Júri restauradas pelo escritório APBA – Arquiteto Paulo Bastos e Associados; entre 2014 e 2016, outra parte do edifício foi restaurado pelo escritório Kruchin Arquitetura.
Sem alterações profundas em sua constituição espacial, os projetos de restauro buscaram contornar décadas de intervenção, adaptações, desgastes e interferências externas oriundas do ambiente urbano que comprometeram sobremaneira a conservação e a operação do edifício.
“O Palácio da Justiça não nasce como um edifício apenas, nasce como um marco, um totem erguendo-se, precisamente, ao centro de uma densa massa urbana em expansão acelerada e na esteira do complexo de instituições oriundas de uma república e de uma constituição há pouco instaladas”, afirma o arquiteto Samuel Kruchin, à frente do escritório Kruchin Arquitetura.
O escritório compartilhou conosco uma série de fotografias do edifício restaurado, feitas pelo fotógrafo de arquitetura Daniel Ducci. Veja-as a seguir.