Na medida em que cresce a influência de políticas baseadas em identidade, faz cada vez mais sentido examinar o efeito que ela têm na maneira como pensamos e projetamos nossas cidades. Em uma recente entrevista ao Washington Post, Rem Koolhaas discute essas mudanças - e como elas marcam uma evolução do conceito de cidade genérica introduzido por ele no livro S, M, L, XL.
“... eu disse que o pós-modernismo seria o estilo da cidade genérica. Podemos ver que essa sensibilidade antecipou e precedeu a mais completa reafirmação atual de identidade, ainda que no contexto global. ...É irônico que, assim como as pessoas querem ver um ambiente construído que reflita quem elas são, o que estamos vendo em grande parte do mundo é que o planejamento urbano é raramente possível porque as economias de mercado não estão gerando os fundos necessários para isso."
A entrevista parte para a discussão de como a cidade pode se desenvolver em um contexto caracterizado por tecnologias inteligentes, como carros autônomos e sistemas de hyperloop.
“Se simplesmente deixarmos o ciberespaço seguir seu curso em direção a um futuro determinado pelo Vale do Silício, esses engenheiros de mentalidade libertária nos conduzirão, paradoxalmente, a cidades algemadas pelo conformismo dos algoritmos. Seria uma rede neural, sim, mas operando bloqueada."
Leia a entrevista completa com Nathan Gardels no Washington Post, aqui.