A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) permitiu a reintrodução do amianto na indústria norte-americana, conforme relatado pela Fast Company. A substância perigosa, proibida em 65 países, poderá agora ser introduzida nos EUA por meio de produtos e materiais domésticos comuns.
Este é o resultado de um “SNUR”, sigla em inglês para Nova Regra de Uso Significativo, que permite, entre outras coisas, que produtos contendo amianto sejam aprovados pelo governo federal.
A brecha na lei surge a partir da avaliação do risco de produtos químicos potencialmente nocivos. De acordo com a EPA, as avaliações de risco não considerarão mais o efeito ou a presença de substâncias no ar, solo ou água, oferecendo uma brecha para aqueles que buscam restabelecer produtos derivados do amianto.
Embora o amianto não represente uma ameaça direta aos consumidores, o perigo de interagir com fibras de amianto prejudiciais aumenta para mineradores, operários da construção civil e pessoas que vivem perto de aterros sanitários.
O que antes era um mineral comum na indústria da construção devido às suas propriedades de retenção de calor, nas últimas décadas tem sido associado a doenças como o câncer de pulmão. Isso levou à proibição de produtos contendo amianto em 65 países ao redor do mundo, incluindo grande parte da Europa e do Golfo Pérsico, juntamente com países como o Japão e a Coreia do Sul na Ásia; Austrália e Nova Zelândia na Oceania; África do Sul e Moçambique na África; e seis países latino-americanos, incluindo Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.
Embora os EUA nunca tenham proibido inteiramente a substância, seu uso foi restringido pela legislação entre 1972 e 1989. Apesar disso, estima-se pela Organização de Conscientização sobre a Doença de Amianto que 40.000 pessoas nos EUA morrem todos os anos por causas relacionadas à substância.
Via: Fast Company