O Arquiteturas Film Festival, um dos mais proeminentes festivais voltados a produções cinematográficas que abordam arquiteturas e cidades, divulgou a lista de filmes premiados na edição de 2018. Em sua 6ª edição, o festival, que é um projeto independente promovido pela DYMA – Do You Mean Architecture, se dedicou a "explorar o que aprendemos com as histórias futuristas, utópicas ou hiper-realistas que têm vindo a moldar a nossa cultura visual através do cinema."
Defendendo que “não há cinema sem arquitetura”, o objetivo do Arquiteturas é descobrir e apresentar produções cinematográficas que fomentem debates reais e válidos do mundo contemporâneo e que ampliem o pensamento critico do espectador.
O festival premiou produções em cinco categorias, que incluem documentários, filmes de ficção, experimentais, novos talentos, e escolha do público. Assista aos trailers dos vencedores e menções honrosas, acompanhados das declarações do júri, a seguir.
Documentário
Melhor filme: Moriyama-San, de Ila Bêka and Louise Lemoine
Declaração do júri: Um filme que combina magistralmente imagem, som e narrativa numa história convincente sobre um personagem único e sua relação com a sua casa e música. Reflete uma certa intimidade, como a discrição de um antropólogo que entra no quotidiano da arquitetura e dos seus habitantes.
Ficção
Melhor filme: The Hyms of Muscovy, de Dimitri Venkov
Declaração do júri: Um filme hipnótico, caleidoscópico, desconcertante e surpreendente, que consegue transformar a realidade em ficção apenas pela inversão do eixo vertical.
Menção honrosa: Pop Aye, de Kirsten Tan
Declaração do júri: Uma fábula pungente e bela de um arquiteto e o seu velho elefante que, na iminência da destruição de um dos edifícios que projetou, é uma metáfora para o contraste entre o passado e o presente, entre o rural e o urbano.
Experimental
Melhor filme: Forensic, de Chris de Krijger
Declaração do júri: Pela sua intensa experiência de espaço no interior de um edifício através de uma cinematografia tecnicamente impressionante e de uma escolha de som direcionada.
Menção honrosa: A Virgem Eterna, de Jorge Suárez-Quiñones Rivas
Declaração do júri: Pela sua representação subtil do espaço interior como um palco, editando somente material de arquivo.
Novos Talentos
Melhor filme: A Spa Arquitecture of Zawodzie, de Ewa Trzcionka
Declaração do júri: Um filme com maturidade que ilumina e informa sobre um espaço, o seu ambiente construído, história, processos e poética.
Prêmio do Público
Filme: Jaar: The Lament of the Images, de Paula Rodriguez Sickert