Tendo recentemente completado 90 anos, Paulo Mendes da Rocha continua ativo no ofício da arquitetura e suas ideias seguem aguçadas.
Em entrevista ao El País, conduzida pelo jornalista Tom C. Avedaño, o arquiteto revisita algumas de suas obras, reflete sobre o objetivo da arquitetura e fala sobre "o dia em que tudo fez sentido."
Bom, qual é o objeto, o objetivo da arquitetura? Eu poderia dizer: “amparar a imprevisibilidade da vida”. Há quem pense que o arquiteto faz, no sentido dos aspectos funcionais da questão, algo para que as pessoas se comportem de determinado modo. Não. A arquitetura apenas para entendidos é sempre um desastre. Tem que ser entendida por qualquer um. Quando se faz uma casa para esse infame mercado, não se está fazendo uma casa para ninguém. O músico terá um piano, o criador de passarinho terá 10 gaiolas, e depois de alguns anos vão vender para outra pessoa. A casa se transforma. No fundo, a arquitetura somos nós, e uma cidade é feita mais dos comportamentos dos homens do que das construções. A arquitetura ampara essa imprevisibilidade da vida. - Paulo Mendes da Rocha
Leia a entrevista completa na página do El País.