A Escola de Arquitetura de Aarhus, em colaboração com Asbjørn Søndergaard da empresa Odico Formwork Robotics, desenvolveu uma estrutura de alto desempenho criada a partir de um método novo de fabricação robótica. Intitulada “Experiment R”, a estrutura é um avanço significativo na indústria do concreto, proporcionando redução de 50% nos custos de fabricação das fôrmas de concretagem.
O método de corte com fio abrasivo pode acelerar o tempo de produção de fôrmas convencionais, ao passo que reduz também a quantidade de concreto usado em até 70%. Apesar dessas estatísticas impressionantes, a tecnologia foi desenvolvida com o objetivo de aumentar o grau de liberdade projetual.
A fôrma do concreto é moldada usando um fio abrasivo acionado eletricamente, que gira em alta velocidade em torno de uma estrutura de fibra de carbono montada em um robô industrial. Uma fôrma de poliestireno expandido foi usada durante o experimento, devido ao seu baixo custo e popularidade nas aplicações de isolamento.
Os avanços de software e hardware conquistados durante o desenvolvimento culminaram no primeiro projeto estrutural de otimização topológica para concreto de altíssimo desempenho. Embora a otimização topológica seja uma consideração comum nas indústrias aeronáutica e automotiva, o experimento de Aarhus representa o primeiro caso em que essas propriedades geométricas práticas, econômicas e complexas da tecnologia foram exploradas por arquitetos.
O exemplo der Aarhus poderia abrir caminho para uma adaptação em grande escala dos métodos de otimização topológica e de corte com fio abrasivo por meios robóticos, “permitindo uma revisão do uso do concreto no mundo”. A tecnologia está atualmente em vias de ser comercializada, com planos de se criar uma fábrica móvel instalada em um contêiner - a "Factory on the fly". Até julho do próximo ano, a tecnologia estará sendo comercializada.
O que me impressiona, em particular, é o potencial radical desse sistema em termos de projeto. Estamos acostumados a pensar em preocupações ambientais como algo que restringe a qualidade do design. Mas aqui o oposto é verdadeiro - usando menos material, obtemos estruturas mais instigantes, tornando seus esforços visíveis ao observador.
- Torben Nielsen, Decano da Escola de Arquitetura de Aarhus
O consórcio por trás do desenvolvimento do Experiment R é liderado pela Escola de Arquitectura de Aarhus, pela Odico Formwork Robotics, pela Aarhus Tech, pela fabricante de concreto Hi-con e pela Søren Jensen Consulting Engineers.
Líder de projeto: Aarhus School of Architecture
Tecnologia e produção de fôrmas robotizadas: Odico Formwork Robotics
Engenharia estrutural: Søren Jensen Consulting Engineers A/S
Produção de concreto: Hi-con A/S
Consultoria de otimização: Altair Engineering
Andaime de fôrmas: Brunsgaard A/S
Montagem de fôrmas e pré-fabricação de fundações: Aarhus Tech
Fabricação de elementos de madeira para fôrma: Ispal SRL
Engenharia de estruturas de madeira: Inginerie Creativa SRL
Consultoria de especialistas: UBE Design; Arkitek; Tegnestuen FEM
Foundation works: Aarsleff A/S
Patrocinadores: A.P. Møller og Hustru Chastine Mc-Kinney Møllers Fond til almene Formaal, Dreyers Fond; Statens Kunstfond