- Área: 550 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:José Alberto Bastidas
Descrição enviada pela equipe de projeto. Unidades culturais comportam um centro de criação urbana e economias experimentais, partindo da transformação de instalações vandalizadas. A intervenção propõe confrontar a necessidade de espaços de coletividade, diante da eminência de enormes vazios e estruturas precarizadas, comuns no centro da cidade. Procura ocupar um edifício violentado durante protestos de rua, para seu resgate como infraestrutura cultural, articulando uma série de empreendimentos impulsionados por grupos de artistas e comunidades locais.
O projeto consegue acessar um programa de financiamento do estado que habilita dotação técnica e ferramentas culturais, prevendo a utilização de contêineres de mercadoria como dispositivos que acolherão os espaços do núcleo, uma vez que foram fretados para transportar os equipamentos.
A estratégia está baseada em dotar o antigo prédio com esses dispositivos, inserindo várias estruturas em um único sistema mais complexo, como parasitas que se alojam em um corpo estranho. O projeto estabelece um uso de peças e componentes a partir de módulos e padrões semelhantes às propriedades dos mesmos objetos estruturantes. Uma subestrutura suportada por fundações anteriores. Um edifício montado em cima de outro, por meio de elementos individuais que são adicionados até que o todo seja organizado.
O núcleo é capaz de reunir um circuito criativo gerenciado por grupos e organizações sociais, onde também funciona a principal torre de transmissão de antenas da cidade, uma infraestrutura híbrida que emite programas culturais autônomos e serviços públicos. Reúne ainda uma série de espaços composta por: jardim urbano, refeitório, laboratório de imagem e audiovisual, estúdio de gravação e sala de música, galeria, oficina multiuso, pista de skate, quadra poliesportiva e espaço para apresentações.