A arquitetura pode ser compreendida a partir de vários prismas e muitas vezes é vista como a solução ou resposta para demandas materiais - habitação, lazer, comércio etc. No entanto, talvez uma das funções mais carregadas de simbolismos que pode ter a arquitetura é a concretização de demandas espirituais. Projetar espaços sagrados, espaços de culto (religioso ou não), pode ser uma das tarefas mais criativas e libertadoras dessa profissão, mas também deve responder a aspectos que fogem ao plano terrestre e puramente material, mas que fazem parte de um universo de subjetividade e fé.
Apresentamos a seguir uma série de ilustrações produzidas por André Chiote de edifícios sagrados, projetados por nomes como Gottfried Böhm, Oscar Niemeyer e Peter Zumthor.
Sobre a motivação que o levou a produzir as ilustrações, Chiote explica:"Locais de culto religioso ou celebração fúnebre, estes monumentos são sempre edifícios excepcionais e, portanto, permanecem enquanto tudo está mudando. Eles também são construções simbólicas e icônicas. Alguns desses edifícios de nossa era permanecerão no futuro como patrimônio de nossas (várias) sociedades contemporâneas."
Obras humanas, estes edifícios servem a um propósito espiritual maior, e este propósito evidencia a dicotomia artificial-natural que permeia toda e qualquer produção arquitetônica. Sobre isso, Chiote diz que em suas ilustrações "geometrias arquitetônicas simplificadas contrastam com elementos naturais (céu, água, árvores) em um jogo gráfico entre elementos complementares, para criar um diálogo entre uma criação arquitetônica humana e uma (suposta) criação natural divina."
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