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Arquitetos: De Baes Associates, Van Besien Van Noten Architecten; De Baes Associates, Van Besien Van Noten Architecten
- Área: 93 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Filip Dujardin, Frans Parthesius
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Fabricantes: Adobe, Cinca, Dassault Systèmes, De Clercq Lochristi, Duravit, FLOORGRES, Gyproc, Henrad, Ideal Standard, Linea Deco, Niko, Ploegsteert, RENSON, SAX, Vaillant
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa SSK confronta o antigo tecido urbano com o desejo por algo maior. A casa liberta-se do seu contexto, mas encontra-se simultaneamente aprisionada no mesmo. Esta casa providencia uma resposta aos recorrentes e diretos desafios que surgem ao desenhar habitações urbanas. Desafios como novas construções versus renovação, viabilidade, sustentabilidade e conforto. O lote, que se encontra numa área de classe média-baixa no centro de Kortrijk, incitou reflexão sobre o valor intrínseco deste tecido urbano. Pediria esta casa por uma renovação, uma intensificação, ou seria a tabula rasa a melhor estratégia a seguir?
A casa combina todas estas diversas opções. Ela separa-se da sua fachada, permitindo assim a criação de um volume que cumpre com os requisitos contemporâneos. A fachada foi reconstruída como um gesto em prol da integração, funcionando simultaneamente como um buffer. Dentro do lote, isto deu origem a uma liberdade sem limites. O edifício, o “volume protegido”, pode então ser otimizado e orientado de forma a gerar o mais eficiente Existenzminimum possível. Cada metro quadrado foi tido em conta.
A casa foi efetivamente virada do avesso, com beleza a ser criada no seu interior. Nos limites do terreno, os muros existentes foram preservados, e os materiais de construção deixados expostos. A elevação frontal foi reconstruída com simples tijolos de argila, numa tentativa deliberada de manter os custos baixos. O espaço útil forma uma entidade espacial com a rua. Aqui, a cidade torna-se uma parte da casa. Ou vice versa. A escala de vivência muda, bem como a relação entre o interior e o exterior. Na casa SSK essa separação não existe.
Os espaços residuais foram tornados numa verdejante entrada e pátios traseiros. À entrada, este verde mistura-se com a rua, enquanto à volta, fachadas maioritariamente inexpressivas tornam a rua inerte. A nova elevação frontal é bem definida, mas aberta. A fachada de vidro, por trás, oferece meramente proteção física. O plano organizacional é franco, com um volume central onde todos os serviços e escadas do edifício se encontram.
No térreo, isto abrange o banheiro e espaço de armazenamento para o quarto, na parte posterior. No primeiro andar, este volume fechado torna-se menor e contém apenas a cozinha e escadas. O resto da casa é aberta. A caixa de vidro, onde tudo isto se realiza, é ligeiramente orientada em relação ao lote, de forma a tirar máximo partido da luz durante o dia. A casa procura repensar a vida diária numa cidade na Europa central, e ao fazer isto cria um ambiente urbano que se encontra a mundos de distância dos subúrbios estéreis e retrógrados. Por um lado, ao combinar qualidade espacial com acessibilidade, e por outro, forjando uma nova relação entre o indivíduo e o seu contexto em constante mudança.
.jpg?1551796058 "Casa SSK / De Baes Associates + Van Besien Van Noten Architecten")
