O Noor Art & Architecture Studio concluiu a reconstrução digital do Palácio Ayine Khaneh de Isfahan, no Irã. Baseado em plantas históricas e documentos escritos, o projeto oferece a visualização de um dos edifícios mais importantes do passado da cidade. Destruído em 1891 por Zello Soltan, então governador de Isfahan, a reconstrução digital tem como objetivo fomentar e promover a conscientização sobre a cultura e arquitetura persa.
Como uma importante cidade histórica no Irã, Isfahan foi escolhida como a capital da dinastia safávida da Pérsia. Durante esse período, grandes obras foram erguidas, incluindo palácios, pontes e mesquitas. O Palácio Ayine Khaneh, também conhecido como Palácio dos Espelhos, era uma destas, e se localizava na margem sul do rio Zayandehrood em um jardim chamado Saa'dat Abad, que foi construído na era Shah Saö e Shah Abbas II, no século XVI.
O projeto de reconstrução foi criado em torno de três recursos históricos: primeiro, documentos pictóricos, como os esboços e plantas desenhadas pelos arquitetos franceses Eugene Flandin e Pascal Coste em 1840, e as fotografias tiradas pelo telegrafista e fotógrafo alemão Ernst Hoeltzer antes da destruição do Palácio. Em segundo lugar, foram usadas descrições escritas de historiadores e turistas persas e europeus como Mirza Tahvildar, Jean Chardin e Engelbert Kaempfer. Finalmente, a equipe se baseou nas características de outras obras construídas na mesma época, como o palácio de Chehel Sotoun, Ali Ghapou, Hasht Behesht e Ashraf Hall.
Segundo historiadores, o Palácio dos Espelhos era semelhante ao Palácio Chehel Sotoun, e tinha um alpendre com 18 colunas conectado a um salão. As paredes eram decoradas com espelhos e pinturas e o uso do mármore era intenso. Na parte central da varanda havia uma piscina de mármore com fontes jorrando da boca de quatro leões de pedra.