As famosas estações-tubo de Curitiba, ícones do desenvolvimento urbano da capital paranaense nos anos 1990, serão substituídas por um modelo mais novo. A meta da Prefeitura e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba é substituir doze destas estruturas ao longo da linha Inter 2 de ônibus.
- Piso que gera energia começa a ser testado em ciclovia de Curitiba
- Projeto pretende instalar QR codes em edifícios históricos de Curitiba com detalhes das obras
A substituição dos equipamentos não tem data definida para acontecer; segundo o Ippuc, a prefeitura buscará um "financiamento de R$ 507 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para revitalizar toda a linha do Inter 2 e melhorar a mobilidade da cidade".
As estações-tubo já fazem parte do imaginário da população de Curitiba e são imediatamente associadas à eficiência dos sistemas de transporte - aspecto exaustivamente frisado pelas administrações municipais nas últimas duas décadas. Sobre a mudança das estações, Olga Prestes, da Coordenação de Mobilidade da Supervisão de Planejamento do Ippuc, comenta: "Não pretendemos substituir as estações em outras linhas. O que pretendemos é, ao fazer linhas novas, implantar as novas estações. Mas simplesmente substituir não faz parte do plano."
O desenho das estações foi desenvolvido pelo arquiteto Abrão Assad, que defende a autonomia da Prefeitura em propor novos modelos para a cidade. Mas também alerta: “Como o Jaime Lerner costuma dizer: não se rasga uma fotografia de família. E ao se desfazer das estações-tubo, um símbolo da cidade, ele terá que prestar contas à sociedade e à história”, sentencia. “As estações fazem parte da paisagem da cidade e esse novo conceito vai criar uma ruptura na linguagem.
Segundo o Ippuc, os novos modelos serão totalmente fechados, climatizados e energicamente autônomos por meio de placas fotovoltaicas.
Fonte: Haus