O primeiro-ministro da França anunciou um concurso internacional de arquitetura para redesenhar o pináculo e cobertura da Catedral de Notre-Dame, destruídos pelo incêndio desta semana. O primeiro-ministro Édouard Philippe fez o anúncio após uma reunião especial marcada pelo presidente francês Emmanuel Macron sobre a reconstrução da catedral. Philippe disse que o concurso oferecerá à catedral "uma torre adequada às técnicas e desafios do nosso tempo".
O presidente Macron prometeu ao país na noite de terça-feira que a Notre-Dame seria reconstruída - e seria “mais bonita do que antes” - dentro de cinco anos. Notre Dame foi originalmente construída em um período de quase 200 anos, começando em meados do século XII, mas o pináculo de 90 metros só foi adicionado em meados do século XIX, durante um grande projeto de restauração concluído pelo arquiteto Eugène Viollet-le-Duc. "O concurso internacional nos permitirá questionar se devemos recriar a torre como foi concebida por Viollet-le-Duc", disse Philippe a repórteres após uma reunião de gabinete dedicada ao incêndio. “Ou, como é frequentemente o caso na evolução do patrimônio, se devemos dar à Notre-Dame uma nova torre. Este é obviamente um enorme desafio, uma responsabilidade histórica.”
O incêndio em Paris nesta semana destruiu a cobertura de Notre-Dame, levando com ela o pináculo de 90 metros de altura. Um porta-voz do serviço de bombeiros disse que não há perigo imediato de que a estrutura principal desmorone. Mas ainda não foi considerada segura o suficiente para os investigadores entrarem e começarem a examinar a fonte do incêndio, informou o gabinete do promotor. A atenção também se voltará para a recuperação e avaliação de obras de arte preciosas dentro da catedral. Acredita-se que grandes pinturas dentro da catedral tenham sofrido danos causados por fumaça, embora estejam praticamente intactas, segundo informou o The Guardian.
Stéphane Bern, representante cultural do governo, disse que quase um bilhão de dólares já foram levantados para a restauração até agora, com colaboradores como a Apple, o grupo energético Total e magnatas franceses proprietários de marcas como L'Oréal, Chanel, Dior e Louis Vuitton. Muitos particulares na França e em todo o mundo também doaram.
Via The Guardian