O arquiteto português Eduardo Souto de Moura foi reconhecido esta semana com o Prêmio Memorial Arnold W. Brunner 2019, premiação concedida anualmente pela Academia Americana de Artes e Letras a uma arquiteta ou arquiteto de qualquer nacionalidade que tenha realizado contribuições significativas à "arquitetura enquanto uma arte".
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Escolhido dentre 33 concorrentes, Souto de Moura foi elogiado pela "qualidade atemporal e profundamente humanista" da sua obra, que apresenta um "[sentimento] de inevitabilidade" e é marcada por um "distinto sentido de materialidade", disse a arquiteta Annabelle Selldorf, presidente do júri, composto por Henry N. Cobb, Kenneth Frampton, Steven Holl, Thom Mayne, Laurie Olin, James Polshek, Billie Tsien, e Tod Williams.
Da extensa obra de Souto de Moura, a Academia destacou os projetos para o Estádio Municipal de Braga (2003), a Torre Burgo, no Porto (2007), e a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais (2009).
A Academia concedeu também o Prêmio Artes e Letras a outros profissionais da arquitetura, entre eles Hernan Diaz Alonso, diretor do Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia (Sci-Arc), Mario Gooden e Mabel O. Wilson, co-diretores do Global Africa Lab na Escola de Arquitectura da Universidade Columbia, Eric Höweler Meejin Yoon, do escritório Höweler + Yoon, e Anne Rieselbach, diretora do programa Architectural League of New York.
Entre os profissionais já reconhecidos com o Prêmio Memorial Arnold W. Brunner estão Phyllis Lambert, Sheila O'Donnell e John Tuomey, Alberto Campo Baeza, Kathryn Gustafson, Diébédo Francis Kéré e Smiljan Radić. O prêmio de 2019 será entregue em uma cerimônia oficial que acontecerá em Nova Iorque em maio deste ano.