Autor de mais de 30 livros e arauto das cidades para as pessoas, o arquiteto dinamarquês Jan Gehl e sua equipe de cerca de 50 profissionais já trabalharam para livrar dos carros os centros de cidades tão diversas como Moscou, Melbourne, Xangai e Nova Iorque.
Em entrevista a Anatxu Zabalbeascoa, do jornal espanhol El País, Gehl defende que as cidades, desde seu surgimento, foram construídas tendo em vista o ser humano e os deslocamentos a pé - daí seu ímpeto de tornar os centros urbanos peatonais novamente, livrando-os dos automóveis, que considera uma "tecnologia inteligente há quase cem anos", mas que em aglomerações atuais de muitos milhões de pessoas "se tornam um estorvo".
Questionado se um único modelo de cidade - aquele proposto por seu escritório que visa reconquistar a cidade para as pessoas - pode funcionar para distintas culturas, Gehl responde:
"Novamente me refiro ao Homo Sapiens como um animal caminhante: algo que mais nos une do que nos distancia. Se estudarmos cidades antigas no Japão ou América, todas têm algo em comum: foram concebidas para o homem. Se construirmos aproximando-nos do corpo humano, a base será boa. Sempre foi assim até que os modernos decidiram questionar tudo."
Leia a entrevista completa no El País.