O conjunto formado pela cidade histórica de Paraty e a Bacia da Ilha Grande, em Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro, recebeu esta semana um parecer técnico favorável da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para se tornar Patrimônio Mundial da Humanidade.
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O Governo Federal havia apresentado candidatura ao título pela segunda vez no ano passado. A primeira inscrição foi em 2009, quando Paraty chegou até a última etapa da avaliação, mas teve a candidatura rejeitada. Cada país pode submeter apenas um candidato por ano e o título é concedido pela Unesco, após criteriosa seleção, com base em análises técnicas.
Paraty concorre a patrimônio misto, por reunir uma variedade de monumentos culturais e naturais, entre eles uma série de construções do período colonial. A inscrição feita pelo Iphan compreende uma área de 204 mil hectares e 187 ilhas; além do patrimônio construído, a região conta com áreas de preservação ambiental espalhadas por seis municípios, além de várias comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas e caiçaras.
“Na medida em que os órgãos consultivos da convenção, tanto o órgão da área cultural, quanto da área natural, dão pareceres favoráveis, recomendam a inscrição [na lista de patrimônio], a gente considera essas sinalizações positivas e entende que a tendência é o Comitê do Patrimônio Mundial acatar”, disse o diretor de Fomento e Cooperação do Iphan, Marcelo Brito.
O Brasil tem atualmente 21 locais inscritos na lista da Unesco. O Iphan prevê que o anúncio oficial do título seja feito entre 30 de junho e 10 de julho, na reunião anual do Comitê do Patrimônio Mundial, da Unesco, em Baku, no Azerbaijão.
Fonte: AECWeb, Agência Brasil