O Memphis Brooks Museum of Art selecionou Herzog & de Meuron como consultor de projeto para sua nova instalação de US$ 105 milhões com vista para o rio Mississippi, no centro de Memphis, Tennessee. Maior e mais antigo museu de arte do Tennessee, o Brooks é o maior atrator cultural de uma região que abrange três estados dos EUA. O archimania, de Memphis, será o escritório de arquitetura local responsável pelo projeto. O novo Brooks será o projeto âncora da requalificação da orla do rio Memphis.
O edifício em estilo Beaux Arts do museu e as duas adições subsequentes já não acomodam as necessidades do museu de arte credenciado. Situado no topo de um penhasco, a porção oeste do novo museu estará voltada para o rio Mississippi e à várzea do Arkansas. Com 10.405 metros quadrados, cerca de 25% maior do que a instalação existente, o programa contempla galerias expandidas que exibirão a coleção permanente e exposições temporárias e espaços como salas de aula, teatro, refeitório e loja do museu. As áreas de armazenamento de coleções e manipulação de arte mais que dobrarão. Um jardim de esculturas fornecerá oportunidades para exposições itinerantes de obras de arte, bem como espaço para reuniões cívicas e apresentações públicas, enquanto uma grande garagem subterrânea acomodará o estacionamento.
"A releitura do calçadão do rio Memphis apresenta uma oportunidade única para melhorar a capacidade do Brooks de servir a comunidade e, ao mesmo tempo,criar um trabalho inspirador de arquitetura que reflete a cultura, história e localização únicas de Memphis", diz Deborah Craddock, presidente da diretoria do Brooks. Como foi compartilhado pelo Museu, o desenvolvimento da primeira fase está em andamento, com planos de conectar 9,65 quilômetros da margem do rio com parques, trilhas e estruturas cívicas e recreativas, conforme a concepção pela empresa Studio Gang, de Chicago, para a Força-Tarefa do Prefeito em parceria com a Memphis River Parks Partnership.
“A nova localização do Brooks é um estímulo econômico para a cidade e para a região que impulsionará o desenvolvimento privado e a criação de empregos — já vimos isso acontecer em outras cidades”, diz o prefeito Jim Strickland. Ele continua: “Pela primeira vez em décadas, Memphis está restaurando sua conexão com o rio Mississippi e o passeio público que nossos fundadores imaginaram. Em nosso ano do bicentenário, estamos resgatando o rio Mississippi como nosso maior patrimônio”.
A decisão unânime do comitê para seleção de arquitetos, ratificada pelo Conselho de Curadores, aconteceu após mais de um ano de planejamento e pesquisa, envolvendo uma etapa abrangente de planejamento interno; sessões de engajamento público; o lançamento de uma ampla rede de qualificações (RFQ) para uma gama global de empresas de arquitetura com ampla experiência em projeto de museus; e uma visita de um dia ao local no outono de 2018 para arquitetos interessados. Vinte e duas empresas dos EUA e do mundo, incluindo quatro do Tennessee, enviaram propostas detalhadas. O comitê então visitou prédios relevantes de uma pequena lista de candidatos e, como etapa final, realizou entrevistas no local. Os finalistas foram: Diller Scofidio + Renfro, de Nova York; Johnston Marklee, de Los Angeles, Cambridge, MA; e Office for Metropolitan Architecture (OMA), de Roterdã e Nova York.
“Selecionamos a Herzog & de Meuron para ser nosso parceiro porque respeitamos sua filosofia de projeto: o desenho de cada projeto evolui de uma resposta formal diferente e adequada ao terreno e é percebido com sensibilidade inigualável em termos de materiais e forma de executar”, diz a diretora executiva Emily Ballew Neff. "Estamos entusiasmados por termos sido selecionados para trabalhar no novo Brooks", diz Jacques Herzog, co-fundador da Herzog & de Meuron. "Ao escrever o próximo capítulo para o Museu e sua coleção, temos que olhar para o futuro, enquanto reconhecemos uma história rica."
O projeto de construção do Brooks é financiado principalmente pelo setor privado, com uma parte substancial do custo já garantido por patrocinadores individuais e apoiadores das artes. O museu antecipa que levará de quatro a cinco anos para projetar e construir a edificação. O museu espera apresentar o projeto no início de 2020.