Um dos mais influentes designers brasileiros, José Zanine Caldas teria completado seu centenário em abril deste ano. Em homenagem ao legado do designer, a prefeitura de Belmonte, Bahia, planeja inaugurar, em fevereiro do próximo ano, um museu. O projeto será dividido em duas etapas, que compreendem a recuperação do antigo casarão histórico onde Caldas nasceu e, posteriormente, a ampliação das instalações com um projeto de Márcio Kogan.
O museu contará com rico acervo de fotos, desenhos, maquetes e vídeos mostrando a vida criativa do artista, que além de designer trabalhou com projetos de arquitetura, tendo desenhado uma variedade de casas, das quais se destaca o conjunto de 30 residências construídas nas falésias da praia da Joatinga, Rio de Janeiro.
Zanine mostra que as matizes não acadêmicas da arquitetura questionam preceitos e avançam os limites da arte e da técnica. - Márcio Kogan
O primeiro contato de Caldas com a arquitetura foi como maquetista, tendo realizado trabalhos para Rino Levi, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, para mencionar apenas alguns. O contato com os materiais usados nas maquetes, sobretudo o compensado, mostrou um caminho possível para se pensar móveis industrializados a preços acessíveis - inquietação que deu origem mais tarde empresa Móveis Artísticos Z.
Como parte das celebrações do centenário, também será lançado o livro “José Zanine Caldas”, pela Editora Olhares. A publicação de 300 páginas será uma biografia que contará o histórico das suas obras e toda a vida do designer que revolucionou o Brasil e permanece vivo em seu trabalho que impressiona as novas gerações.
Fonte Valor Econômico.