O escritório de arquitetura de Olson Kundig acaba de apresentar uma inovadora e surpreendente proposta desenvolvida em parceira com a Recompose, uma empresa que procura oferecer uma opção alternativa aos tradicionais métodos funerários. Pensando de maneira alternativa, e também sustentável, os arquitetos desenvolveram o projeto de uma infraestrutura concebida para converter restos mortais em solo.
Concebido para ser a imagem institucional da Recompose, o projeto foi anunciado logo após o estado de Washington legalizar a então chamada “redução orgânica natural” como alternativa aos tradicionais métodos funerários. A Recompose | SEATTLE, que deverá ser inaugurada no início de 2021, será o primeiro projeto do mundo a oferecer um método alternativo ao enterro ou cremação. O projeto foi concebido pelo diretor de projeto da Olson Kundig, Alan Maskin, e desenvolvido em colaboração com Katrina Spade, fundadora e CEO da Recompose.
Nos perguntamos porque não devolver à natureza, após a morte, aquilo que nos foi dado pela própria natureza [...] Percebemos uma grande oportunidade inexplorada, de completar o ciclo da vida e de nos reconectarmos com a nossa natureza. -- Katrina Spade
O processo desenvolvido pela Recompose é capaz de converter restos mortais em solo em cerca de trinta dias, decompondo e transformando o corpo humano em matéria orgânica capaz de nutrir novas formas de vida. Uma alternativa às técnicas tradicionais, esse método utiliza um oitavo da energia necessária no processo de cremação, permitindo, portanto, economizar mais de uma tonelada de dióxido de carbono por pessoa. Trabalhando em estreita colaboração com a equipe da Recompose, a Olson Kundig desenvolveu o primeiro protótipo para o sistema da Recompose ainda em 2016, enquanto o projeto de lei ainda estava em processo de aprovação.
Localizada no bairro de SODO em Seattle, o edifício da Recompose | SEATTLE contará com mais de 1700 metros quadrados. Desenvolvido através de um sistema modular, o projeto está composto por setenta e cinco cápsulas capazes de “transformar restos mortais em matéria orgânica limpa e fértil.”
Organizadas ao redor de um pátio central, as cápsulas não são o único elemento compositivo do mais novo projeto da Recompose. De fato, Alan Maskin, sócio e diretor de projeto da Olson Kundig, afirma que “essa instalação, além de abrigar as cápsulas da Recompose, também foi concebida em torno de um espaço coletivo utilizado para diferentes formas de celebração. O projeto foi pensado para promover um diálogo aberto e participativo, para promover uma diferente compreensão do ciclo da vida.” O Recompose | SEATTLE também conta com espaços técnicos e áreas de apoio, escritórios administrativos e um espaço expositivo que descreve o processo desenvolvido pela Recompose. Finalmente, a transparência entre o espaço interior e exterior procura refletir a conexão fluida entre os ciclos da vida.
Em sua prática profissional, a Olson Kundig sempre esteve trabalhando em estreita colaboração com algumas das principais e mais inovadoras empresas do mundo, como é o caso da Recompose. É uma honra poder participar de um projeto como este e estamos muito empolgados com o desenvolvimento do primeiro projeto construído da Recompose. -- Alan Maskin, arquiteto e sócio da Olson Kundig.
- Equipe de projeto Olson Kundig: Alan Maskin, Arquiteto responsável; Blair Payson, AIA, LEED® AP, Gestor de projeto; Nick Ladd, LEED® AP, Arquiteto de projeto
- Equipe: Katrina Spade, Founder and CEO; Lynne Carpenter-Boggs, PhD, Research Advisor; Tanya Marsh, Legal Strategy; Alan Maskin, Architecture and Design; Angela Hennessy, Ritual and Cultural Practices; Caitlin Doughty, Alternative Funeral Practices; Leslie Christian, CFA, Organizational Strategy; Jim Boldt, Public Affairs; Alua Arthur, End of Life Planning; Erik Bondo, Project Management
- Equipe de consultores: Veksel Consulting & Construction, Owner’s Representative