A preocupação em relação ao uso de recursos naturais na arquitetura tem recebido cada vez mais a atenção de profissionais e pesquisadores e já é possível vislumbrar, inclusive, um futuro em que arquitetos terão não apenas que projetar, mas também viabilizar o desmonte e reciclagem das edificações. Nesse sentido, assume grande destaque a conscientização sobre do desperdício de água em canteiros de obra, questão que se tornou tema de um guia lançado recentemente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Apresentado durante o seminário "Conservação de Água e Uso de Fontes Alternativas em Edificações – Diferencial Competitivo para Empreendimentos", o Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações teve como consultora técnica a empresa Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente e está disponível gratuitamente para download.
A diretora técnica da Infinityech, Virginia Sodré, explica que, a partir do cálculo da pegada hídrica, incorporadoras, construtoras e clientes poderão tomar decisões para aperfeiçoar seus projetos e compras e, assim, racionalizar o consumo de água. "No futuro, os empreendimentos poderão ser etiquetados quanto ao impacto sobre o consumo de água, a exemplo da etiquetagem já existente de equipamentos e edificações, que atesta o grau de eficiência no consumo de energia", comenta.
A adoção de medidas inéditas como esta, que visam a sustentabilidade construtiva, pode ser um fator de interesse econômico. “A certificação da Caixa para empreendimentos sustentáveis, que já tinha as categorias Bronze, Prata e Ouro, ganhou uma nova: Diamante, quando a construtora demonstra a adoção de inovações”, informou o gerente executivo da Caixa Econômica Federal, Eduardo Von Schwerin Pimentel. A certificação dá direito a condições mais vantajosas de financiamento.
Faça o download do guia e saiba mais sobre a pegada hídrica das edificações.